CEDEAO pede reforço do mandato da ONU na Costa do Marfim
A CEDEAO apelou a que a ONU reforce o mandato dos seus capacetes azuis na Costa do Marfim. Os estadistas da África ocidental concluíram nesta quinta-feira uma cimeira em Abuja: o risco de uma guerra civil neste peso pesado da região esteve no centro dos debates.
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A CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, chegara a admitir há três meses atrás utilizar a força para obrigar Laurent Gbagbo, presidente cessante marfinense, a deixar a chefia do Estado.
O tom foi bem diferente daquele que se ouviu agora em Abuja, na Nigéria, na cimeira regional onde, perante o risco de uma guerra civil a organização voltou-se agora para a Organização das Nações Unidas, ONU.
A CEDEAO apelou a que a ONU reforce o mandato dos cerca de 12 000 capacetes azuis estacionados em território marfinense por forma a proteger os civis.
Numa altura em que se têm multiplicado os confrontos entre partidários de Alassane Ouattara, tido como vencedor das eleições presidenciais de 28 de Novembro passado pela organização, e fieis do seu rival, Laurent Gbagbo.
Quase quinhentas pessoas teriam morrido já no peso pesado da economia da África ocidental que é a Costa do Marfim neste conflito sem fim à vista.
A CEDEAO apelou também a que a ONU reforce as sanções contra Gbagbo.
Rui Landim, politólogo guineense, alega que este apelo da CEDEAO é uma forma de a organização "sacudir o capote", demonstrando a sua incompetência no caso. Um falhanço que, em seu entender, poria mesmo em causa a própria existência da organização.
Rui Landim
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