Alassane Ouattara preside CEDEAO

O chefe de Estado marfinense foi eleito nesta sexta-feira em Abuja, Nigéria, presidente da CEDEAO. Alassane Ouattara sucede ao seu homólogo nigeriano Goodluck Johanathan na liderança da Comunidade económica dos Estados da África ocidental com muitos desafios pela frente. 

Alassane Ouattara, novo presidente da CEDEAO

A organização sub-regional defronta-se com questões de segurança, nomeadamente, no norte do Mali onde se travam combates entre rebeldes tuaregues e o exército de Bamaco, território onde está também activa a AQMI, rede Al Qaeda no Magrebe islâmico.

A Nigéria é também palco de atentados terroristas reivindicados pela seita extremista islâmica Boko Haram.

Um contexto com o qual será confrontado o novo presidente da CEDEAO, Alassane Ouattara, que terá muitos desafios pela frente como realça o investigador cabo-verdiano Corsino Tolentino.

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Corsino Tolentino

Cabo Verde e a Guiné-Bissau, os dois países lusófonos do bloco, estiveram representados na cimeira de Abuja de 16 e 17 de Fevereiro.

As delegações cabo-verdiana e guineense foram lideradas, respectivamente, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e presidente interino Raimundo Pereira.

A reforma do sector da defesa e segurança guineense foi, aliás, outro tema de debate da CEDEAO.

Um tema sensível evocado frequentemente como forma de solucionar as múltiplas intervenções das forças armadas guineenses na vida política nacional onde desde o início da década de 80 se sucederam golpes militares e inclusive, em 2009, uma vaga de assassínios políticos, nomeadamente do presidente "Nino" Vieira.

Depois de uma longa crise interna na Costa do Marfim, que se traduziu num conflito militar e sucessiva captura do antigo presidente marfinense Laurent Gbagbo e consequente extradição para o Tribunal penal de Haia, Alassane Ouattara, vai agora forjar-se uma estatuta regional como realça Rui Landim, politólogo guineense.

01:16

Rui Landim