Governo de transição da Guiné-Bissau toma posse
Tomou posse, esta quarta-feira, o Governo de transição da Guiné-Bissau que havia sido anunciado ontem, por decreto presidencial, pelo Presidente de Transição, Serifo Nhamadjo. O novo executivo não inclui elementos do PAIGC.
Publicado a:
O Governo de transição é constituído por 28 pessoas e não inclui elementos do PAIGC, pertencentes à ala do Primeiro-Ministro deposto Carlos Gomes Júnior. Este executivo deverá gerir o país até à realização de eleições gerais no prazo de 12 meses como estipulado pelo plano da CEDEAO assinado a 18 de Maio.
A diplomacia guineense será dirigida pelo antigo chefe de Governo Faustino Imbali, a pasta do Interior foi entregue a António Suka Nntchama, do PRS. De sublinhar que o Partido da Renovação Social (PRS) de Kumba Ialá detém sete pastas nesta nova equipa. Dois militares integram o Governo, são eles o ministro da Defesa, Celestino Carvalho, membro do comando militar que protagonizou o golpe de Estado de 12 de Abril e o Mussa Djata, secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
O ministro guineense dos Negócios Estrangeiros deposto, Mamadu Djaló Pires, não reconhece este Governo e reitera que nenhum executivo saído de um golpe de estado consegue credibilidade.
Mamadou Djaló Pires, ministro dos Negócios Estrangeiros deposto
Para, Mamadu Keita, vice-presidente do Movimento da Sociedade Civil, trata-se de um Governo de gestão no qual não se depositam grandes expectativas. O objectivo é conduzir a Guiné-Bissau a eleições daqui a 12 meses.
Mamadou Keita, vice-presidente do Movimento da Sociedade Civil
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro