Debate no Parlamento de São Tomé e Príncipe foi adiado
O Primeiro-ministro, Patrice Trovoada, declarou hoje, em conferência de imprensa, que não há crise em São Tomé, mas apenas um grupo de políticos em crise. Uma frase irónica, surgida no seguimento da anulação do debate parlamentar sobre o estado da nação, previsto para hoje.
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O debate parlamentar sobre o estado da Nação, agendado para hoje, foi adiado por falta de consenso entre o poder e a oposição sobre a duração da discussão. Com efeito, a oposição desejava o dobro do tempo que o Governo estava disposto a conceder para o debate de vários assuntos.
Esta situação levou o Governo a abandonar o hemicíclo, enquanto o Presidente da Assembleia enviava a sua secretária para anunciar aos deputados que não iria haver sessão parlamentar.
O Ministro dos assuntos parlamentares, Arlindo Ramos, afastou a ideia de uma crise entre o Governo e o Parlamento. Por seu turno, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata – reagiu com "repúdio perante essa atitude do Governo de não estar na plenária para o debate sobre o estado da nação".
O respectivo líder parlamentar, José Viegas , afirmou mesmo que “quando o governo se refuta a aparecer no debate, quando o Presidente da Assembleia Nacional se submete a este império ditatorial, a situação torna-se muito complicada num quadro do regime democrático".
Este partido, o maior da oposição, foi mais longe, introduzindo mesmo na Assembleia Nacional uma moção de censura contra o Governo do Primeiro-ministro, Patrice Trovoada, Segundo disse à agência Lusa fonte partidária.
O correspondente da RFI em São Tomé e Príncipe, Maximino Carlos, dá-lhe mais pormenores.
Correspondência de São Tomé e Príncipe
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