Autoridades moçambicanas condicionam marcha dos Povos da SADC
As autoridades moçambicanas colocaram entraves à marcha de solidariedade dos Povos da SADC que desfilou esta quinta-feira em Maputo. A organização denuncia uma tentativa de marginalização do evento e uma falta de respeito pelo povo moçambicano.
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O Conselho Municipal de Maputo, a polícia da República de Moçambique e a Defesa Nacional ditaram uma rota que, segundo a organização da cimeira dos povos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ditou uma marginalização da acção que ocorreu hoje na capital do país.
Tendo como ponto de partida a Praça Robert Mugabe, a marcha percorreu a Avenida Marginal até ao Centro de Conferências Joaquim Chissano, o que foi considerado um percurso que não favoreceu a visibilidade da manifestação face à população de Maputo.
João Palape, porta-voz da União Nacional dos Camponeses (UNAC), associação moçambicana anfitriã do evento, considera que o governo não respeitou o seu próprio povo.
João Palape, porta-voz da UNAC
Após quatro dias de reflexão no âmbito de uma reunião paralela e alternativa à dos Chefes-de-Estado da organização regional, os povos da SADC realizaram esta marcha de solidariedade para manifestar publicamente as suas preocupações face às injustiças que assolam as populações.
Os activistas da vários movimentos sociais terminaram a sua marcha no Centro de Conferências Joaquim Chissano, local onde se reunirão, a partir desta sexta-feira, os dirigentes da SADC, e aí entregaram um documento com recomendações resultantes dos debates realizados na vila de Marracuene.
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