China popular de volta a São Tomé e Príncipe
Em São Tomé e Príncipe reabriu nesta terça-feira a antiga embaixada da República popular da China, encerrada desde 1997, altura em que o arquipélago reconheceu diplomaticamente Taiwan. No edifício da ex chancelaria passa a funcionar uma representação de ligação de carácter comercial de Pequim.
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Zhong Hanw, antigo diplomata da China em Lisboa, passa a ser representante de ligação da China popular no arquipélago equatorial.
A inauguração do recinto teria sido testemunhada por empresários chineses e por figuras do ministério são-tomense dos negócios estrangeiros bem como individualidades do xadrez político nacional, caso do líder do MLSTP, Jorge Amado, um dos partidos que sustentam o actual governo.
O ministro das obras públicas, Osvaldo Abreu, também compareceu nesta inauguração, mas os convidados foram parcos em palavras à imprensa.
Já hoje o referido governante, em declarações à agência Lusa, alegou que este acto tem que ver "com a salvaguarda dos interesses dos são-tomenses."
O governo deste Estado lusófono poderia assinar ainda este ano um acordo com a República popular da China para a construção de um porto em águas profundas.
A China popular, que é um dos principais investidores no continente africano, reclama a soberania sobre Taiwan, a ilha rebelde.
O regresso à presidência da república de Manuel Pinto da Costa , em Setembro de 201, poderia também explicar a evolução da diplomacia são-tomense, ele que nos primórdios da independência fora aliado do regime chinês.
A chefe da diplomacia do arquipélago, Natália Umbelina, lembre-se, deslocara-se no mês passado a Pequim.
Abílio Neto, analista político são-tomense, comenta o secretismo que tem rodeado as negociações com a China popular... sem que por ora tenha havido ruptura com Taiwan.
Abílio Neto
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