Líderes africanos consternados com morte de Nelson Mandela
A morte nesta quinta-feira do ex presidente sul-africano, Nelson Mandela, embora já receada, gerou consternação no mundo inteiro e, nomeadamente, no continente africano. O herói da luta anti-apartheid gozava de uma simpatia à escala planetária: os dirigentes afro-lusófonos prestaram de imediato uma sentida homenagem a "Madiba".
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Nelson Mandela, o primeiro presidente negro de uma África do Sul durante muito tempo submetida ao regime segregacionista branco, foi uma figura invulgar.
Falecido com 95 anos vítima de uma longa infecção pulmonar, a sua trajectória ímpar é aqui recordada por Liliana Henriques.
Biografia de Nelson Mandela por Liliana Henriques
Nelson Mandela, o ex presidente sul-africano agora desaparecido, lembrava que o seu combate fora contra a predominância quer de brancos quer de negros.
Nelson Mandela, ex presidente sul-africano
Frederik De Klerk, último presidente sul-africano do tempo do apartheid, lembrava as primeiras impressões do primeiro encontro entre ambos.
Ex-Presidente Frederik.W. De Klerk
Logo após o anúncio da sua morte pelo actual presidente sul-africano, Jacob Zuma, começaram as homenagens tendo o seu funeral de Estado sido agendado para 15 de Dezembro. A África do Sul cumpre 10 dias de luto.
Mariamo Hassamo, correspondente em Joanesburgo, fez-nos o relato do terreno.
Correspondência da África do Sul
No vizinho Moçambique onde a ex primeira dama, Graça Machel, viúva do primeiro presidente moçambicano, Samora Machel, era a esposa actual de Nelson Mandela, o impacto deste desaparecimento é de vulto.
Tanto mais que a comunidade moçambicana na África do Sul é muito numerosa, tendo beneficiado de uma força de protecção de Mandela.
Orfeu Lisboa, correspondente em Moçambique, dá-nos conta da homenagem prestada no parlamento moçambicano ao ex líder sul-africano.
Correspondência de Moçambique
Armando Guebuza, chefe de Estado de Moçambique, frisou, por seu lado, que Mandela "vive e viverá para sempre".
Armando Guebuza, presidente da república de Moçambique
Do outro lado do continente, Jorge Carlos Fonseca, presidente de Cabo Verde, em declarações a João Matos, lembrou a luta determinada de Mandela ao longo da sua vida.
Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde
Presente em Paris para a cimeira franco-africana de defesa e segurança, o primeiro-ministro são-tomense, Gabriel Costa, afirmou-se profundamente consternado com esta morte.
Gabriel Costa, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe
Também no fórum de Paris, e igualmente em declarações à repórter Liliana Henriques, o chefe da diplomacia de Angola, Georges Chikoti, lembrou que Mandela libertou também a consciência do homem branco e do homem negro.
Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores
Já na Guiné-Bissau, Óscar Barbosa, porta-voz do PAIGC, Partido africano para a independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, em declarações a João Matos, lembrou a referência que foi Mandela para "qualquer revolucionário".
Óscar Carlos Barbosa, porta voz do PAIGC
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