Confrontos entre militantes do MPLA e UNITA em Angola

Em Angola, na província do Kwanza Sul, confrontos entre militantes da UNITA e MPLA, partido no poder, provocaram a morte a três pessoas. A polícia afirma que os confrontos ocorreram pelo facto da UNITA não ter obedecido às ordens da força de segurança, acusações desmentidas pela principal força de oposição no país.

A tensão entre militantes da UNITA e do MPLA volta a ter novos contornos. Desta vez o incidente ocorreu no Kwanza Sul quando os militantes da UNITA se preparavam para assinalar a fundação do partido, como explicou à RFI o secretário-geral, Vitorino Nhany: " a UNITA através do seu secretário municipal pretendia deslocar-se a uma embala que faz fronteira com a província de Benguela para celebrar a fundação do partido e quando chegaram ao local quiseram saudar o regedor e informá-lo da realização de um programa para assinalar o aniversário do partido, e ao mesmo tempo repor a bandeira que tinha sido retirada por militantes do MPLA. Foi nessa altura que a UNITA foi surpreendida por homens munidos de armas brancas e militantes do MPLA".

O secretário-geral da UNITA afirma que dessa agressão três pessoas perderam a vida e denuncia ainda vários estragos nas motas que faziam parte da comitiva: " dessa agressão sofremos três baixas, sete motorizadas carbonizadas e cerca de seis feridos".

01:26

Vitorino Nhany, secretário-geral da UNITA

Em declarações à RFI, o Comissário Geral da Polícia de Angola, Ambrósio de Lemos, afirmou que alertou os militantes da UNITA para possíveis confrontos com a população, mas que se tratou apenas de um aconselhamento. O responsável acrescentou ainda que foi aberto um inquérito para se apurarem responsabilidades.

01:26

Ambrosio de Lemos, Comissário Geral da Polícia de Angola

O nosso correspondente em Luanda, Avelino Miguel, dá-nos mais informação.

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Correspondência de Angola