Diálogo Nacional chega ao fim em São Tomé

Terminou hoje em São Tomé e Príncipe o Diálogo Nacional. O reforço da democracia, o desenvolvimento social, económico e a moralização da sociedade foram algumas das prioridades apontadas pelos participantes ao longo destes cinco dias de debate no arquipélago.

No encerramento dos trabalhos a sociedade civil e os partidos políticos, excepto a ADI, recomendaram um reforço da democracia no país. A decisão é tomada numa altura em que têm sido muitas as críticas feitas à governação, o último a apontar o dedo foi o Procurador-Geral da República, Frederique Samba, que acusou a Assembleia Nacional de ser um obstáculo na luta contra a criminalidade económica e financeira.

O desenvolvimento da promoção económica, social e cultural do país foi outro dos temas em análise neste diálogo, os participantes foram unânimes em reconhecer a urgência de promover mecanismos que possibilitem uma melhor performance financeira do arquipélago, nomeadamente na captação de investimento externo. 

Na mais recente previsão do Fundo Monetário Internacional, o organismo financeiro afirma que o país deve registar um crescimento de 5% em 2014, todavia ressalva que desempenho económico de São Tomé e Príncipe vai continuar condicionado pelas fracas perspectivas de financiamento externo para os projectos de investimento.

A educação e o desenvolvimento humano  não foram esquecidos pelos participantes que defenderam que sem uma forte aposta nestas áreas o país não conseguirá atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

Uma última premissa deste diálogo foi a criação de uma Comissão de Seguimento cujo trabalho será certificar-se de que as recomendações saídas destes cinco dias de diálogo serão aplicadas pelos órgãos de soberania, partidos políticos e sociedade civil.

Maximino Carlos, o nosso correspondente em São Tomé, dá-nos mais informação.

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Correspondência de São Tomé e Príncipe