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Moçambique

Moçambique: impasse na nova ronda de diálogo

Esta segunda-feira, teve lugar a quinquagésima quarta ronda de diálogo, e o impasse mantém-se em torno do calendário para a desmilitarização da Renamo, que exige paridade nas Forças de Defesa e Segurança, o que o governo recusa.

Bandeiras da Renamo e Frelimo
Bandeiras da Renamo e Frelimo DR
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José Pacheco, ministro da agricultura e chefe da delegação governamental, afirmou hoje (21/04) que não há espaço para estas exigências do maior partido da oposição, pois o processo de recrutamento dos cidadãos que integram as Forças de Defesa e Segurança, não faz parte dos termos de referência, pelo que tal é inaceitável.

As partes continuaram a discutir hoje em Maputo, as funções dos observadores internacionais, que vão fiscalizar a cessação de hostilidades no centro do país, e de novo não chegaram a consensos, pois o governo insiste em que para além deste ponto, os observadores devem monitorar o processo de desmobilização e entrega de armas da Renamo, que por sua vez impõe a "paridade nas estruturas do exército e da polícia, para entregar as suas armas a uma instituição credível e apartidária".

Pacheco voltou hoje a reiterar que "a Renamo claramente não quer se desarmar, quer continuar um partido armado, para continuar a matar, a destruir bens públicos e privados, e isso tem que parar, tudo tem limites".

Por sua vez Saimone Macuiane, chefe da delegação da Renamo, afirmou que "só se entregam em defibnitivo as armas, quando houver equuilíbrio e paridade ao nível das Forças de Defesa e Segurança".

01:26

Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo

Entretanto termina dia 29 de Abril, o recenseamento com vista às eleições gerais de 15 de Outubro, mas até ao momento o líder da Renamo, Afonso Dhhlakama não se recenseou, estimando não haver condições de segurança para tal.

Segundo a Comissão Nacional de Eleições, cerca de 70% dos 9 milhões de potenciais eleitores já se recensearam, pelo que as metas serão cumpridas, e não há razões para qualquer prolongamento dos prazos, segundo o presidente da CNE Abdul Carimo, que afirmou ainda não ter recebido nenhum pedido de prorrogação dos mesmos.

Noutro teor chegaram hoje a Maputo os restos mortais de 14 dos 16 moçambicanos, falecidos no voo TM 470 da companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que se despenhou na Namíbia dia 29 de Nobemvro de 2013, um trágico acidente que causou a morte das 33 pessoas a bordo. Os corpos dos outros dois cidadãos moçambicanos não foram ainda identificados, pelo que o seu repatriamento terá lugar logo que possível.

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