O 1° de Maio de Maputo a São Tomé
Assinalou-se hoje o dia mundial do trabalhador com os seus tradicionais desfiles. Milhares de pessoas saíram às ruas para comemorar este 1° de Maio e reclamar melhores condições de trabalho, melhores salários e menos fossos entre as classes sociais.
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Neste rol de reivindicações, Moçambique não foi excepção. Neste dia em que entram em vigor aumentos de 5 a 20% do salário mínimo em 9 sectores de actividade, nomeadamente a função pública, as pescas, a construção ou ainda actividades de serviços não-financeiros, considera-se que permanece muito por fazer. Com efeito, a Organização dos Trabalhadores aproveitou o dia de hoje para denunciar as injustiças laborais, a precariedade dos contratos de trabalho assim como as irregularidades das empresas no que toca aos encargos fiscais.
Mais informações com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
Tal como em Moçambique, em Angola o debate tem sido dominado ultimamente pela problemática do aumento do salário mínimo. Apesar de algumas faixas da sociedade receberem salários importantes em consonância com o elevado custo de vida no país, a maioria da população permanece na pobreza e com condições de trabalho difíceis como realça Luísa Rogério, dirigente do Sindicato dos Jornalistas Angolanos que se refere, por outro lado, à condição dos jornalistas no seu país.
Luísa Rogério, dirigente do Sindicato dos Jornalistas de Angola, entrevistada por Cristiana Soares
Na Guiné-Bissau este 1° de Maio está longe de ser festivo nomeadamente para os trabalhadores da função pública que não recebem os seus salários há cinco meses. Estêvão Gomes Có, secretário-geral da UNTG, União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, refere-se às dificuldades que o país atravessa e às expectativas à volta do futuro executivo.
Estêvão Gomes Có, secretário-geral da UNTG, entrevistado por Liliana Henriques
Em Cabo Verde, o contexto social tem vindo a ser cada vez mais difícil. Ainda ontem, o Instituto Nacional de Estatística revelou que o ritmo de crescimento económico registado no primeiro trimestre deste ano tornou a abrandar. Estas notícias decerto não deverão tranquilizar as organizações sindicais que actualmente denunciam a perda do poder de compra e o congelamento dos salários na função pública.
Mais informações com Odair Santos.
Odair Santos, correspondente na Cidade da Praia
Em São Tomé e Príncipe, este 1° de Maio está colocado sob diversas preocupações como as negociações à volta do salário mínimo, os tribunais laborais, o novo código do trabalho, a reforma das pensões de aposentações actualmente consideradas muito precárias assim como a questão da higiene e segurança no trabalho, como refere João Tavares, secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe.
João Tavares, secretário-geral da Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe, entrevistado por Liliana Henriques
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