Dia de reflexão na Guiné-Bissau
Na Guiné-Bissau, a menos de vinte e quatro horas da segunda volta das eleições presidências, o dia de hoje foi aproveitado pelas autoridades locais e internacionais para apelarem ao civismo dos candidatos e apoiantes. Amanhã os guineenses são chamados de novo às urnas para escolherem o próximo chefe de Estado do país.
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Neste sábado o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Augusto Mendes, lembrou que o acto eleitoral que terá lugar amanhã no país pertence a todos e o sucesso do mesmo depende da vontade de participação de todos: " o apuramento dos resultados depende da contagem de votos validamente expressos nas mesas das assembleias de voto, só a Comissão Nacional de Eleições tem competência para publicar os resultados finais das eleições".
O responsável da CNE referiu ainda que o país está perante um desafio que passa por superar o sucesso que o país atingiu na primeira volta das eleições presidências: " como presidente da CNE, acredito e confio no profissionalismo de todos. Aos concorrentes e seu apoiantes apelo para preservação da ordem e respeito da lei eleitoral".
Augusto Mendes, presidente da Comissão Nacional de Eleições na Guiné-Bissau
O ex-chefe de Estado de Moçambique, Joaquim Chissano, que lidera a missão de observadores eleitorais da União Africana, no país, apelou ao civismo e ao voto massivo da população: " apelamos à Comissão Nacional de Eleições para manter o mesmo espírito de profissionalismo, apelamos igualmente a todos vós a manter um clima de paz e segurança necessário à conclusão exitosa do processo".
Joaquim Chissano salientou ainda o bom comportamento das Força de Defesa e Segurança no decorrer do processo eleitoral e encorajou-os a manter a mesma postura durante e depois do escrutínio, lembrando que a CNE é a única entidade mandatada para anunciar os resultados: " exortamos os candidatos e seus militantes a aceitarem os resultados oficiais das eleições e a recorrerem exclusivamente aos instrumentos legais para satisfação de eventuais reclamações".
Joaquim Chissano, antigo Presidente da República de Moçambique
Neste dia de reflexão, o sociólogo guineense Miguel de Barros, lembrou que o recenseamento eleitoral foi fundamental para a credibilização do processo eleitoral.
Miguel de Barros, sociólogo guineense, 1 parte
O sociólogo apelou ao voto, reconhecendo que depois do acto eleitoral as entidades e a população devem "arregaçar as mangas e começar a trabalhar no sentido do desenvolvimento do país".
Miguel de Barros, sociólogo guineense, 2 parte
Amanhã os guineenses são chamados novamente às urnas para a segunda volta das eleições presidências, na corrida está o candidato do PAIGC, José Mário Vaz, e o independente Nuno Nabiam, apoiado agora pelo PRS. Este acto eleitoral põe fim a período de transição que começou na sequência do golpe de Estado de 2012.
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