Em Cabo Verde o MPD defende uma ilha uma região
Em Cabo Verde o MPD, principal partido de oposição no país convidou a sociedade civil, os partidos PAICV e a UCID para debater o tema da regionalização, a proposta do MPD defende uma ilha uma região à excepção de Santiago.
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Quarenta e cinco dias depois de ter apresentado a proposta base para o modelo de regionalização que defende para o arquipélago cabo-verdiano o MPD, a principal força de oposição, convidou a sociedade civil, os partidos PAICV e UCID para debater o tema.
A proposta do MPD assenta na ideia de uma ilha uma região à excepção de Santiago que teria duas regiões, norte e sul. No final do encontro, que teve lugar na ilha de São Vicente, o presidente do MPD, Luís Filipe Tavares, afirmou que o partido vai trabalhar para que a regionalização seja vista como um projecto nacional. " Nós não queremos que a regionalização seja vista como uma arma de arremesso político, combate ou confronto entre os partidos políticos em Cabo Verde. Nós gostaríamos, e vamos trabalhar para isso, que regionalização fosse vista como desígnio nacional, como algo extremamente importante para o desenvolvimento do arquipélago".
Este projecto tem levantado alguma polémica, há vozes que afirmam que este projecto vai trazer mais custos para o país, afirmações que foram categoricamente desmentidas pelo líder do MPD em São Vicente João Gomes: " O MPD tem estudos que garantem que a regionalização administrativa, tal qual o partido a propõe, não terá custos maiores".
Para o MPD através da regionalização procura-se não só a proximidade e a eficiência administrativa, mas também a proximidade e a eficiência política. A reforma do Estado impulsionada através da regionalização deverá permitir uma recentragem do governo central e da sua administração em funções de soberania, com destaque para a justiça e a segurança; relações externas; regulação técnica, económica e ambiental; garantia de estabilidade macroeconómica, orçamental e fiscal e fomento empresarial; políticas de segurança e protecção social; políticas de educação e saúde; entre outras com implicações e impactos nacionais.
Mais informação com o nosso correspondente em Cabo Verde, Odaír Santos
Correspondência de Cabo Verde
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