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Moçambique

Novas violências na campanha eleitoral em Moçambique

Apoiantes da Frelimo, no poder, e do MDM, terceira maior força política do país, voltaram hoje a envolver-se em confrontos em Nampula, no norte do país, durante as celebrações dos 50 anos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.  

Abdul Carimo, Presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique
Abdul Carimo, Presidente da Comissão Nacional de Eleições de Moçambique DR
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As violências começaram depois de membros do MDM chegarem ao local das celebrações carregando uma urna simulada coberta com uma capulana com a imagem de Filipe Nyusi, o candidato da Frelimo às presidenciais de 15 de Outubro.

Um membro do partido no poder tentou retirar a capulana, gerando-se em seguida uma confusão que levou à interrupção dos festejos, com a governadora da província a retirar-se do local e a polícia a dispersar a multidão com gás lacrimogéneo, o balanço dos confrontos sendo de pelo menos dois feridos e a detenção de dois apoiantes do MDM.

Refira-se que ontem e na terça-feira já tinham ocorrido confrontos entre apoiantes da Frelimo e do MDM em Chibuto, em Chókwè e Macia, na província de Gaza, no sul do país.

Mais pormenores com Orfeu Lisboa.

01:33

Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique

Para além do chefe de Estado Moçambicano, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Abdul Carimo, também apelou à calma e exortou os partidos políticos e seus apoiantes a pôr cobro às violências, este responsável sublinhando ainda que "se for necessário usar as medidas legislativas punitivas, ter-se-á que usar".

01:30

Abdul Carimo entrevistado por Liliana Henriques

Noutro aspecto, no quadro das celebrações do cinquentenário das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, o Presidente Guebuza testemunhou ontem a apresentação do novo equipamento naval recentemente adquirido pelo Comando da Marinha de guerra.

Durante esta cerimónia que decorreu no porto de Maputo, o chefe de Estado inaugurou igualmente o primeiro lote de 5 das 24 embarcações que devem constituir a frota da EMATUM, Empresa Moçambicana de Atum, que de acordo com o executivo servirà para a pesca do atum e a vigilância do litoral moçambicano. A inauguração destes barcos cuja encomenda á França em 2013 esteve envolta em secretismo não deixou de adensar um pouco mais os questionamentos nomeadamente para Ben Hur Cavelane, pesquisador do CIP, Centro de Integridade Pública de Moçambique.

01:10

Ben Hur Cavelane entrevistado por Liliana Henriques

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