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Brasil/eleições

Debate entre Dilma e Aécio é marcado por "pancadaria verbal"

Em mais um debate com muita pancadaria verbal nesta quinta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff e o candidato Aécio Neves trocaram acusações envolvendo álcool, drogas, nepotismo e uso de dinheiro público. Dilma aludiu ao suposto envolvimento de Aécio com drogas e bebida, ao perguntar a ele sobre a lei seca e o perigo de ter motoristas embriagados e drogados.

Aécio e Dilma durante o debate no SBT, nesta quinta-feira
Aécio e Dilma durante o debate no SBT, nesta quinta-feira (Foto: Reuters)
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Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, especial para a RFI

A candidata voltou a acusar Aécio de empregar irmãos, tios e primos no governo de Minas, mas foi surpreendida por um ataque. O candidato tucano acusou o irmão de Dilma, Igor Rousseff, de ter ganho um cargo na prefeitura de Belo Horizonte em 2003 e nunca ter aparecido para trabalhar. O prefeito, na época, era Fernando Pimentel, aliado de Dilma. No contra-ataque, Dilma mencionou a informação, recém-divulgada, de que Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, esteve envolvido no esquema de propina da Petrobrás.

Dilma passa mal depois do debate

Após o fim do debate, Dilma passou mal. Enquanto dava entrevistas, sentiu tonturas, parecia que ia desmaiar e pôs a mão na cabeça. Uma repórter levou Dilma para uma cadeira e suspenderam a entrevista. Ela afirmou que sua pressão havia caído.Desde 1989, o Brasil não tem uma eleição presidencial tão concorrida. Segundo as pesquisas do Ibope e Datafolha divulgadas na quarta-feira, dia 15, a presidente Dilma continua com 45% dos votos válidos e Aécio, do PSDB, com 51%. Isso significa que eles se mantêm empatados, já que a margem de erro é de 2 pontos percentuais. Para Aécio, manter essa vantagem estreita, é má notícia.

A campanha esperava que essa pesquisa mostrasse o candidato quatrou ou cinco pontos acima de Dilma. Mas aparentemente a propaganda negativa capitaneada pelo marketeiro do PT, João Santana, vem surtindo efeito. A taxa de rejeição de Aécio subiu de 34% para 38%. Tal como desconstruiu a imagem de Marina, o PT tenta agora colar em Aécio o rótulo de playboy e nepotista que, em seu governo em Minas, empregou vários parentes. Enquanto isso, a economia só dá más notícias para a presidente Dilma. O FMI revisou para baixo sua previsão de crescimento do PIB do Brasil para este ano.

Revista The Economist declara apoio a Aécio

Estima agora que o país vai crescer apenas 0,3%. A inflação está no teto da meta e o superávit primário dificilmente será cumprido esse ano. Por fim, a revista The Economist e declara apoio a Aécio Neves, com o título “Senhor Neves merece ganhar.” A maior ameaça aos programas sociais é a má gestão do PT na economia.
 

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