Eleições dentro de um ano no Burkina Faso
Sensivelmente uma semana depois da tomada do poder pelos militares no Burkina Faso e a demissão do Presidente Blaise Compaoré após 27 anos na chefia do seu país, deram-se ontem primeiros passos rumo a uma possível normalização, tendo-se alcançado alguns consensos quanto às modalidades da restituição do poder aos civis.
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Reunidos ontem em Ouagadougou, os líderes partidários chegaram a um acordo sobre a formação de um governo de transição e a convocação de eleições em Novembro de 2015. Todavia, embora estejam actualmente a tentar elaborar uma Carta de Transição, ainda não chegaram a um consenso quanto ao líder do governo interino.
O acordo de ontem que pressupõe o "levantamento imediato da suspensão da Constituição" do país, assim como a "nomeação de um líder" para o governo interino, foi alcançado após várias horas de reunião em Ouagadougou, numa acção mediada por presidentes da região, o chefe de Estado da Nigéria, Goodluck Jonathan, o senegalês Macky Sall e o Ganês John Dramani, cujo país assegura actualmente a presidência rotativa da CEDEAO, este último tendo feito um balanço positivo desta mediação.
Presidente do Gana, John Dramani Mahama
António Mascarenhas Monteiro, ex-presidente cabo-verdiano, chefia uma missão de mediação da Organização Internacional da Francofonia ao Burkina Faso a decorrer de 11 a 13 deste mês. Ao evocar o que tem sucedido nos últimos dias, o embaixador cabo-verdiano mostra-se optimista com o desenrolar do processo.
Antigo Presidente de Cabo Verde, António Mascarenhas Monteiro
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