Natal de 2014 na África lusófona com sabores distintos
No dia em que o mundo cristão assinala o Natal a África lusófona viveu a data ao sabor de comemorações religiosas enquanto as famílias se reuniam em torno de uma mesa, porventura, abrilhantada para o efeito. Em Moçambique o dia da Família é vivido com alguma apreensão em contexto de contestação da vitória da Frelimo nas eleições de Outubrio passado.
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Muitas das iguarias natalícias são comuns às mesas dos cristãs da África lusófona, nomeadamente o bacalhau, muitas vezes demasiado caro, porém, para muitas das famílias.
Porém cada um dos cinco países lusófonos vive a comemoração do nascimento de Cristo com uma tónica bem específica.
Em Angola, país maioritariamente católico, o correspondente Avelino Miguel faz-nos o retrato desta edição 2014 do Natal, pontuado pela subida dos preços e por salários em atraso.
Correspondência de Angola
Em Cabo Verde este ano o drama dos desalojados do vulcão da ilha do Fogo continua em todas as mentes, o que não deixou de referir o primeiro-ministro, José Maria Neves, sem esquecer o flagelo da seca que assolou também o arquipélago.
Odair Santos, correspondente em Cabo Verde, acompanhou esta intervenção.
Correspondência de Cabo Verde
Na Guiné-Bissau, Estado laico, e não obstante os animistas e os muçulmanos serem mais numerosos do que os cristãos, o Natal acaba sempre por ser sinónimo de frenesim comercial como nos conta o correspondente Mussá Baldé, na capital guineense.
Correspondência da Guiné-Bissau
Em Moçambique, país também de múltiplas confissões religiosas, o Natal é conhecido como o dia da Família.
Uma época que é suposto ser de concórdia... todavia ainda não há desfecho à vista para a contenda eleitoral após a vitória da Frelimo em Outubro ter sido contestada, nomeadamente, pela Renamo que ameaça vir a administrar as províncias onde ganhou.
Aguarda-se ainda um pronunciamento do Conselho constitucional sobre o caso, mas o movimento da perdiz alega que à luz das fraudes registadas só um governo de gestão permitiria resolver pacificamente este braço de ferro, solução descartada pelo partido no poder.
Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo, conta-nos como foi este Natal moçambicano.
Correspondência de Moçambique
O sacerdote moçambicano José Pinto, a partir do Vaticano, admite que este é um Natal marcado pela apreensão devido à instabilidade político-militar no seu país.
Padre José Pinto
Finalmente São Tomé e Príncipe assinala este Natal após a recente tomada de posse do governo com maioria absoluta de Patrice Trovoada nas eleições legislativas de Outubro.
O executivo da ADI tem, pois, que coabitar com um chefe de Estado, Manuel Pinto da Costa, oriundo de outro quadrante político e com uma longa história de inimizade com a família do actual primeiro-ministro.
Maximino Carlos, correspondente em São Tomé e Príncipe, deu-nos conta dos principais ingredientes deste Natal. Para além de pratos tradicionais o bacalhau cozido ou grelhado tem uma forte preferência dos habitantes deste arquipélago equatorial.
Correspondência de São Tomé e Príncipe
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