França e Moçambique exploram cooperação

O Senado francês acolheu esta manhã o colóquio sobre oportunidades de negócio em Moçambique que contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, que convidou os empresários franceses a investir em Moçambique.

Oldemiro Baloi, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique Carina Branco

Na ausência do presidente do Senado, Gérard Larcher, a abertura do colóquio, que contou com sala cheia,  coube à presidente da Delegação do Senado para as empresas, Élisabeth Lamure, apresentou Moçambique como o "eldorado" "um país desconhecido dos franceses, mas rico em minerais e que representa actualmente uma excelente oportunidade de negócio".

Foi neste contexto que o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação convidou os empresários franceses a investir em Moçambique lembrando, porém, que esses investimentos devem ser "precedidos de formação de quadros e transferência de savoir-faire".

Oldemiro Baloi disse ainda que os recursos naturais não se devem sobrepor a outros recursos como o sector da agricultura, agro-alimentar e do turismo que contribuíram para o crescimento do país " Os recursos naturais não se devem transformar numa maldição para o país e devem contribuir para o desenvolvimento da população".

No entanto, a queda do preço das matérias-primas tem levado algumas empresas a despedir e repensar os investimentos no país, uma notícia que na opinião de Lourenço Sambo, presidente do Centro de Promoção de investimentos em Maputo, não afecta a imagem de Moçambique, " isso é um problema do comércio internacional... são os preços que são baixos e os preços são cíclicos".
 

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Lourenço Sambo, presidente do Centro de Promoção de investimentos em Maputo

Do lado das empresas interessadas no mercado moçambicano as questões colocadas referiram-se às quotas de formação de quadros que o país exige a uma empresa que se instale no país e ainda à dupla tributação, uma situação que na opinião de Roger Carvalho, director da empresa SPTEC Advisory actualmente a trabalhar no país, será ultrapassada. "Já existem os acordos da OCDE,  é só uma questão de negociar as percentagens".

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Roger Carvalho, director da empresa SPTEC Advisory

Depois do colóquio o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação reuniu-se com o seu homólogo francês, Laurent Fabius, um encontro que decorreu à porta fechada e onde foi abordado, entre outros, o assassínio do constitucionalista franco-moçambicano Gilles Cistac. Em entrevista à RFI, Oldemiro Baloi, aproveitou para esclarecer que este episódio trágico "não beliscou as relações com a França".

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Oldemiro Baloi, minsitro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Moçambqiue

A visita do ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique termina amanhã com uma visita turística ao palácio de Versalhes, nos arredores de Paris.