Angola reforça cooperação Sul-Sul na Cimeira Ásia-África
Em Jacarta, na Indonésia, arrancou esta quarta-feira a Cimeira Ásia - África sob o lema "Fortalecimento da cooperação Sul-Sul". O vice-presidente angolano Manuel Vicente manifestou o seu apoio à criação de um Centro Ásia -África, com o propósito de promover o investimento nos dois continentes.
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A cimeira Ásia - África, que decorre até esta quinta-feira, visa reforçar os laços entre os países dos dois continentes e festejar os 60 anos da Conferência de Bandung bem como o 10° aniversário da parceria estratégica inter-continental.
Co-presidida pelo líder da Indonésia, Joko Widodo, e Robert Mugabe, do Zimbabwé, conta com a presença de vários líderes asiáticos e africanos sendo que a delegação angolana, chefiada pelo vice-presidente Manuel Vicente, em representação do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, conta ainda com os ministros Georges Chikoti e Abraão Gourgel, titulares das pastas das Relações Exteriores e da Economia, respectivamente.
No discurso de abertura da cimeira, o presidente anfitrião Joko Widodo defendeu a importância de construir "uma nova ordem económica mundial que seja aberta às novas potências económicas emergentes" reiterando que aqueles que defendem as instituições implementadas pelos Estados Unidos da América e pela Europa na conferência de Bretton Woods em 1944 estão amarrados a "ideias ultrapassadas".
O ministro angolano das Relações Extreriores, Georges Chicoti, fala-nos da agenda desta Cimeira Ásia-África, afirmando nomeadamente que "uma das questões mais importantes é que todos nós queremos a reforma do Conselho de Segurança" das Nações Unidas para um mundo equilibrado.
Georges Chikoti - Ministro angolano das Relações Exteriores
A questão económica é deveras determinante num contexto de emergência de um mundo multipolar e de alternativas ao primado do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. No sentido de reforçar a cooperação Sul-Sul, Manuel Vicente manifestou o apoio de Angola à criação de um Centro Ásia -África para a promoção de investimento nos dois continentes.
Alves da Rocha, economista angolano, considera possível e desejável a promoção desses mesmos investimentos mas sublinha que "África necessita sobretudo de bons investimentos que sejam estruturantes, tentem gerar um valor agregado africano".
Alves da Rocha - Economista angolano
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