Bandeira da Confederação vai ser retirada do Capitólio da Carolina do Sul
O debate sobre a bandeira da Confederação voltou à ribalta após o massacre numa igreja afro-americana. A Câmara dos Representantes da Carolina do Sul aprovou a proposta de lei para retirar o estandarte do edifício do Capitólio.
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A Câmara dos Representantes da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, aprovou, esta sexta-feira, a proposta de lei para retirar a bandeira da Confederação do edifício do Capitólio, depois de o Senado ter também dado luz verde ao projecto na terça-feira. A governadora Nikki R. Haley vai agora promulgar a proposta e a bandeira deverá ir para o Museu Militar Confederado.
O antigo debate sobre a bandeira foi reacendido aquando do assassínio, a 17 de Junho, de nove pessoas numa igreja afro-americana. Dylann Roof, detido pelo crime, tinha dito que o seu objetivo era iniciar uma “guerra racial” e tinha-se fotografado várias vezes com a bandeira.
O estandarte é frequentemente apontado como um símbolo do racismo por ter sido um emblema dos soldados do Sul durante a Guerra da Secessão contra a União para defender a escravatura. A Carolina do Sul foi o primeiro estado a abandonar a União, em 1861, tendo reintroduzido a bandeira há mais de 50 anos, em protesto contra o movimento dos direitos civis e as primeiras iniciativas de Washington para dar aos negros os mesmos direitos dos brancos.
Hillary Clinton, candidata democrata à Casa Branca, considerou : "Retirar este símbolo do passado racista da nossa nação é uma etapa importante rumo à igualdade e aos direitos cívicos na América."
Também o presidente norte-americano, Barack Obama, declarou, após o massacre na igreja, que “a bandeira pertence ao museu”.
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