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Oriente Médio

Obama dribla Congresso para financiar Autoridade Palestina

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a ajuda financeira à Autoridade Palestina é "importante para os interesses de segurança nacional" de seu país. Com isso, ele assegura o financiamento da organização liderada por Mahmoud Abbas à revelia do Congresso, que havia se posicionado contra a medida na última sexta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama REUTERS/Larry Downing
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Na prática, o que Obama fez foi recorrer a uma cláusula que ele mesmo anexou à lei de financiamento do Departamento de Estado, em abril de 2009. De acordo com o texto, o presidente pode direcionar verbas sem o aval dos congressistas, caso considere que isso é de interesse da segurança nacional. A princípio, a lei proíbe qualquer ajuda à Autoridade Palestina. Ele comunicou a decisão de se valer do dispositivo por meio de um memorando endereçado à secretária de Estado, Hillary Clinton, e publicado pela Casa Branca.

No último dia 11 de abril, o Quarteto para o Oriente Médio - formado por representantes dos Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas - havia pedido à comunidade internacional que enviasse dinheiro para garantir o funcionamento da Autoridade Palestina. De acordo com o grupo, o principal interlocutor palestino no conflito com Israel passa por uma situação financeira "crítica".

Depois de promover uma série de reuniões exploratórias entre interlocutores palestinos e israelenses na Jordânia, em janeiro, o Quarteto não conseguiu reestabelecer as negociações entre os grupos. Os dirigentes palestinos exigem que Israel suspenda o estabelecimento de assentamentos de territórios ocupados depois da guerra de junho de 1967 e aceite as linhas anteriores a essa data como base para as discussões. Israel rejeita essas reivindicações e só vai à mesa caso não haja nenhuma condição prévia.

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