Acesso ao principal conteúdo
Argentina/Comércio

Argentina anuncia novas barreiras protecionistas

A Argentina anunciou que vai aplicar, a partir de julho, uma tarifa de 14% para a importação de bens manufaturados fabricados em países que não participam do Mercosul. Bens de capital, especialmente materiais de metalurgia, máquinas agrícolas e peças automotivas devem ser os mais atingidos pela alta tarifária.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em evento na Casa Rosada.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em evento na Casa Rosada. Reuters
Publicidade

Segundo a presidente da Argentina Cristina Kirchner, a medida tem o objetivo de proteger a indústria local da concorrência estrangeira. O aumento de políticas protecionistas na Argentina tem sido alvo de críticas dos Estados Unidos e da União Europeia. Os europeus, aliás, entraram com uma queixa na Organização Mundial do Comércio no final do mês passado. O governo argentino rebate as acusações de prática desleal de comércio e diz que tenta apenas preservar o emprego e a competitividade do país.

Mas um relatório da Direção Geral de Comércio da Comissão Europeia  divulgado ontem revela que a Argentina encabeça a lista de países que mais adotaram medidas protecionistas ao longo dos últimos 8 meses. Ao todo, foram 119. Em segundo lugar, aparece a Rússia (86), Indonésia (59), Brasil (38) e China (30). Essa predominância dos emergentes mostra que esses países tentam responder com o protecionismo aos impactos negativos da crise mundial.

O aumento do protecionismo, relata a Comissão Europeia, não vem apenas na forma do aumento de tarifas alfandegárias. A Argentina, por exemplo, anunciou novas procedimentos burocráticos e administrativos para liberar as importações. A Rússia, que está prestes a ser confirmada como membro da Organização Mundial do Comércio, prepara uma legislação para privilegiar veículos de fabricação nacional nos editais para concorrências públicas. Já em relação ao Brasil, o relatório critica o país por ter aumentado em 30% as tarifas para produtos industriais.

A escalada do protecionismo, porém, não é exclusividade dos emergentes e se dá em todas as economias. "A União Europeia observa uma alta considerável do protecionismo em uma escala global”, diz o relatório. Em oito meses, o número de medidas restritivas às importações cresceu 25%.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.