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Paraguai/Política

Líderes latinos criticam nomeação de Federico Franco no Paraguai

Federico Franco assumiu a presidência do Paraguai nessa sexta-feira, logo após o anúncio da destituição de Fernando Lugo, acusado de ter desempenhado mal suas funções. A rapidez do processo foi criticada por boa parte dos líderes latino-americanos, que consideram a nomeação do ex-vice-presidente como “ilegítima”. O novo chefe de Estado promete formar um governo compostos por todas as tendência políticas. 

Federico Franco após assumir a presidência do Paraguai.
Federico Franco após assumir a presidência do Paraguai. REUTERS/Mario Valdez
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Antes mesmo do anúncio da saída de Fernando Lugo, o presidente do Equador Rafael Correa disse que a destituição do líder paraguaio era “ilegítima” e que não reconhecerá Federico Franco como chefe de Estado. Mesmo tom do lado de Caracas, onde o venezuelano Hugo Chávez disse que seu país “não reconhece esse governo sem valor, ilegal e ilegítimo que se instalou em Asunción”.

O boliviano Evo Morales, outro representante da esquerda radical no continente, fala de um “golpe de Estado parlamentar”, e também diz que seu país não negociará com um líder que não tenha sido eleito, enquanto a presidente argentina Cristina Kirchner fala de um “ataque contra as instituições”. Já o chefe da diplomacia chilena, Alfredo Moreno, contesta a destituição que, segundo ele, não respeitou os critérios mínimos para esse tipo de procedimento. Em Lima, o presidente peruano Ollanta Humala exprimiu sua solidariedade aos paraguaios e disse que os vizinhos latino-americanos devem ficar atentos para esse tipo de evento que estremece o processo democrático.

Apesar das críticas dos vizinhos, aos 49 anos de idade, o médico Federico Franco assumiu a presidência do Paraguai logo após o anúncio oficial da destituição de Fernando Lugo. O novo chefe de Estado é conhecido por sua tendência de centro-esquerda, se diz próximo do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e da chilena Michelle Bachelet, e contesta a postura de Hugo Chávez. Segundo ele, “a esquerda extrema, marxista e trotskista está ultrapassada e acabou”. Durante sua primeira entrevista à imprensa após assumir o cargo, ele afirmou que pretende formar um governo que integre todas as tendências políticas do país.

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