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EUA/ eleições

Mitt Romney escolhe jovem conservador para vice

O candidato republicano à Casa Branca nas próximas eleições presidenciais americanas, Mitt Romney, escolheu o deputado Paul Ryan como vice, anunciou hoje a direção da campanha do conservador. A decisão foi tomada a duas semanas na convenção nacional do partido em Tampa, na Flórida, quando Romney será oficialmente candidato no pleito de novembro.

Mitt Romney (direita) trouxe Paul Ryan ao palanque em março, quando ainda disputava o posto de candidato nas primárias do Partido Republicano.
Mitt Romney (direita) trouxe Paul Ryan ao palanque em março, quando ainda disputava o posto de candidato nas primárias do Partido Republicano. REUTERS/Darren Hauck/Files
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“Romney-Ryan é a cédula republicana”, resume o curto comunicado enviado à imprensa. No final da manhã (horário local), ao lado de Ryan, Romney apresentou o escolhido como "um líder intelectual do Partido Republicano".

O escolhido, de 42 anos, é o presidente da Comissão do orçamento da Câmara dos Representantes e é considerado um homem austero nestas questões. A escolha deve dar um ar jovem à dupla e encerra vários meses de especulações sobre a identidade do vice republicano. Junto com Romney, eles vão enfrentar nas urnas o atual presidente, o democrata Barack Obama, e seu vice, Joe Biden, que brigarão pela reeleição em 6 novembro.

Ryan prometeu neste sábado "restaurar a grandeza" dos Estados Unidos, caso a chapa seja eleita. "Romney e eu compartilhamos um compromisso. Nós vamos restaurar a grandeza deste país", disse Ryan no primeiro discurso pronunciado como candidato à vice-presidência. 

A partir de hoje, Romney vai iniciar uma turnê de ônibus por quatro estados vistos como estratégicos: Virginia, Carolina do Norte, Flórica e Ohio, onde deve chegar na terça-feira.

Inimigo dos gastos públicos

A designação de Ryan como companheiro de chapa de Romney revela que o candidato à presidência republicano acredita que os eleitores desejam um debate sobre o futuro fiscal e sobre o papel do governo na vida dos Estados Unidos. Desafiando as previsões de que tomaria uma decisão prudente e não arriscada como um gesto para os eleitores independentes, o candidato republicano escolheu um herói dos conservadores, que provocou controvérsias no passado.

Ryan, um sério e entusiástico "falcão" fiscal que ganhou notoriedade na Câmara de Representantes com um plano orçamentário para cortar gastos, tem uma clara simpatia de conservadores influentes que desejavam para Romney um companheiro de chapa que despertasse paixões. O congressista, que aos 42 anos passou um terço da vida como representante por Wisconsin, estimulou um debate sobre o caminho da economia do país na condição de presidente do Comitê de Orçamento da Câmara de Representantes.

Em março, a Câmara aprovado o orçamento, com 228 votos a favor, todos de republicanos, e 191 contrários. O projeto de detalha "nosso plano para resgatar o país de um futuro da dívida, dúvida e declive", afirmou Ryan, na época.

Apesar de o orçamento, que prevê cortes de cinco trilhões de dólares na próxima década, não ter qualquer chance de aprovação no Senado - de maioria democrata -, o projeto é um documento que estabelece as principais diretrizes republicanas sobre gastos e dívidas. Os democratas o criticam por supostamente conceder isenções tributárias aos milionários, ao mesmo tempo que elimina programas sociais federais. Oprojeto prevê a privatização parcial do Medicare, o programa de saúde governamental.

O congressista nasceu e cresceu em Janesville, Wisconsin, onde ainda mora com a esposa e os três filhos. Seu pai morreu quando ele ainda estava no colégio, o que fez de Ryan um jovem introspectivo, voltado para os livros. "Cresci muito rápido", disse em uma recente entrevista à revista The New Yorker.

Depois de trabalhar em 1996 para o candidato republicano à vice-presidência Jack Kemp, Ryan foi eleito para o Congresso pela primeira vez em 1998, aos 28 anos. Em 2004 ganhou fama pelos esforços para privatizar o programa de aposentadorias do governo.

 

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