Protestos contra filme "anti-islã" provocam a morte de um americano na Líbia
Os Estados Unidos confirmaram a morte de funcionário do governo ontem na Líbia após um ataque contra o consulado americano em Benghazi. Outros atos violentos também foram registrados no Egito em protesto contra um filme de um diretor israelo-americano considerado ofensivo à religião islâmica.
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Os ataques contra a embaixada dos Estados Unidos no Cairo e contra o consulado americano em Benghazi, na Líbia, foram em protesto contra o filme "A inocência dos mulçulmanos".
O curta-metragem de 13 minutos difundido pela internet ofende o Islã e insulta o profeta Maomé, dizem os manifestantes.
Líderes religiosos egípcios chegaram a acusar a comunidade copta dos Estados Unidos pela provocação, mas Sam Bacile, um israelo-americano, assumiu a autoria do filme. Ele teria gasto 5 milhões de dólares, doados por judeus, para produzir o curta.
Em entrevista ao Wall Street Journal, Sam Bacile chamou o islamismo de câncer, mas garante que sua obra é política e não religiosa.
Um funcionário americano morreu e outro ficou ferido no ataque contra o consulado de Benghazi.
No Egito, manifestantes invadiram a embaixada no Cairo e rasgaram a bandeira dos Estados Unidos. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou os ataques desta terça-feira e a morte do funcionário americano na Líbia.
Em comunicado, ela afirma que os Estados Unidos não toleram provocações religiosas, mas que nada justifica esses atos violentos. O governo americano está trabalhando em conjunto com autoridades de vários países para reforçar a proteção de suas missões diplomáticas.
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