Hillary Clinton discursa contra "extremistas"
As vésperas da 67ª Assembleia Geral da ONU, a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, discursou nesta segunda-feira em Nova York e pediu que a comunidade internacional lute contra os "extremistas". A declaração foi seguida pela afirmação de que os Estados Unidos continuarão apoiando o "processo democrático" no mundo árabe-muçulmano, sob tensão há mais de duas semanas por causa das manifestações anti-americanas.
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"A unidade da comunidade internacional é crucial porque os extremistas de todo o mundo se mobilizam para tentar nos separar. Nós temos que nos reunir para resistir a essas forças e apoiar as transições democráticas que estão em curso no norte do continente africano e no Oriente Médio", disse Hillary Clinton, em um colóquio organizado pelo seu ex-marido, o ex-presidente Bill Clinton.
A chefe da diplomacia americana chegou em Nova York neste domingo e passará toda a semana na cidade para cumprir uma agenda de reuniões bilaterais, além de encontros com líderes de países árabes e muçulmanos.
Hillary Clinton utilizou o mesmo tom e palavras fortes quando condenou, há duas semanas, a onda de violência que tomou conta do mundo muçulmano contra instituições americanas. Em clara referência à Primavera Árabe, Clinton afirmou que "os povos do mundo árabe não trocaram a tirania de um ditador pela tirania das massas".
Em seu discurso, ela também prestou homenagem ao habitantes da cidade de Benghazi, na Líbia, que manifestaram contra a presença de milícias armadas, na cidade palco do ataque que matou o embaixador americano Chris Stevens. "A população de Benghazi enviou uma mensagem forte e clara na sexta-feira quando expulsou os extremistas. Eles choraram a morte do embaixador Stevens, um amigo da Líbia livre", concluiu Hillary Clinton.
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