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América Latina/União Europeia

Cúpula no Chile discute parceria entre América Latina e União Europeia

Os líderes da União Europeia e da América Latina estão reunidos neste sábado e domingo em Santiago para uma reunião de cúpula sobre as relações entre os dois blocos. A crise econômica que atinge o velho continente e a expansão latino-americana estará no centro dos debates. A chanceler alemã Angela Merkel tem encontro bilateral marcado com a presidente brasileira Dilma Rousseff.

A presidente brasileira Dilma Rousseff durante encontro bilateral com líder chileno Sebastián Piñera na cúpula Celac-União Europeia em Santiago.
A presidente brasileira Dilma Rousseff durante encontro bilateral com líder chileno Sebastián Piñera na cúpula Celac-União Europeia em Santiago. REUTERS/Eliseo Fernandez
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O evento que abre suas portas nesse sábado em Santiago é a estreia como anfitriã da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, grupo fundado durante a cúpula de Caracas em dezembro de 2011. "Essa será a primeira vez que a América Latina dialogará com a Europa em uma única voz ", declarou o chefe da diplomacia chilena, Alfredo Moreno.

Mais de 40 chefes de Estado e de governo dos 60 países das duas regiões, entre eles o espanhol Mariano Rajoy e a chanceler alemã Angela Merkel do lado europeu, participam do encontro. A representante de Berlim, que é uma das convidadas mais esperadas da cúpula, desembarcou na capital do Chile na manhã desse sábado.

A "chefe da Europa", como está sendo chamada a chanceler alemã pela imprensa chilena, vai aproveitar a cúpula para realizar reuniões bilaterais com outros líderes da região, entre eles a presidente brasileira Dilma Rousseff. A representante de Brasília, que discutiu essa semana com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso durante a cúpula Brasil-UE em Brasilia, pediu que um acordo de livre-comércio seja concluído rapidamente entre o Mercosul e a União Europeia, um tema que deve voltar à tona nesse fim de semana. Para que as negociações avancem, Dilma ressaltou que é necessário um "reequilíbrio das relações comerciais". A posição da líder brasileira é compartilhada pelo primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault que, em Santiago, também insistiu em “relações equilibradas” entre os dois grupos.

A crise econômica que atinge o velho continente, comparada aos resultados otimistas da América Latina, deve pesar nas discussões. Apesar das dificuldades atuais, a União Europeia, com seus 500 milhões de habitantes representando um quarto do Produto Interno Bruto Mundial, ainda é o bloco econômico mais importante do planeta e o maior investidor da América Latina. Já os sul-americanos atravessam um ótima fase de crescimento, com um aumento médio de 4,5% do PIB entre 2010 e 2012. "As duas regiões saberão tirar proveito de suas complementaridades", disse o premiê francês.

A Celac reune todos os países do continente americano, menos os Estados Unidos e o Canadá. Após a cúpula de Santiago o grupo passará a ser dirigido por Cuba. 

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