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Venezuela/eleições

Venezuela escolhe neste domingo o substituto de Hugo Chavez

A Venezuela escolhe neste domingo o presidente que irá substituir o carismático Hugo Chavez, morto em março após ter governado o país por 14 anos. Sete candidatos estão na corrida mas a disputa está concentrada em Nicolas Maduro, herdeiro político de Chavez e Henrique Capriles, da oposição. As últimas pesquisas de opinião mostram o candidato governista à frente com uma vantagem de 10 pontos. 

Nicolas Maduro (à esq), e Henrique Caprilles disputam as eleições deste domingo na Venezuela.
Nicolas Maduro (à esq), e Henrique Caprilles disputam as eleições deste domingo na Venezuela. Montaje RFI/ Fotos: Reuters
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Com colaboração de Elianah Jorge, correspondente da RFI, em Caracas,

Nicolas Maduro, herdeiro político de Chavez e presidente interino, agendou neste sábado uma visita ao mausoléu onde está enterrado o ex-presidente, para homenagear as “milícias bolivarianas” criadas por Chavez  em 2003 após um golpe de estado fracassado. Já seu opositor, Henrique Caprilles, não promoveu atos públicos.

O clima é de tranquilidade nas ruas da capital da Venezuela às vésperas da eleição que definirá quem será o presidente que vai comandar o país de 2013 até 2019.

Todas as urnas de votação foram instaladas e neste domingo, à partir das 6h e até as 18h, cerca de 19 milhões de eleitores deverão ir a um dos 39 mil centros de votação em todo o país. Para os cerca de cem mil venezuelanos que moram no exterior e que estão inscritos no registro eleitoral foram disponibilizadas 127 mesas de votação.

A disputa está acirrada e a diferença entre os candidatos Nicolás Maduro e Henrique Capriles Radonski é de apenas dez pontos percentuais. De acordo com analistas, a abstenção deverá ser alta. Eles afirmam que em votações sem Hugo Chávez o interesse do eleitor diminui. Vale lembrar que  na Venezuela o voto não é obrigatório e a eleição acontece em apenas um turno. O bigode de Maduro e o boné tricolor de Capriles foram os símbolos desta corrida presidencial.

Ambos os candidatos reforçaram a importância do voto. Embora em posições antagônicas, Maduro e Capriles pediram que cada pessoa atuasse como "chefe de grupo". Maduro divulgou por diversas vezes a ideia de "um por 10", na qual cada pessoa deveria levar outras dez para votar.

A campanha eleitoral, que durou apenas 11 dias, foi marcada pela violência. Chegou a cinco o total do número de mortos nos atos de campanha de ambos os candidatos. Ao todo foram presas 29 pessoas envolvidas em um suposto plano de desestabilização do país.

A segurança pública está a cargo da Força Armada Nacional Bolivariana. Os demais militares e policiais estão aquartelados. Desde ontem à noite entrou em vigência a lei seca e caminhões de grande porte estão proibidos de circular.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral o presidente escolhido pelo voto popular irá tomar posse alguns dias depois da divulgação do resultado das urnas.
 

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