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Venezuela/Presidenciais

Partidários de Capriles protestam contra vitória de Maduro

Finalmente não haverá recontagem de votos na Venezuela. O opositor Henrique Capriles foi declarado candidato derrotado e Nicolás Maduro o vencedor da eleição presidencial de domingo. A decisão provocou protestos violentos dos partidários de Capriles em Caracas e outras regiões do país.

Milhares de partidários de Henrique Capriles protestaram na segunda-feira, 15 de abril de 2013, contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela.
Milhares de partidários de Henrique Capriles protestaram na segunda-feira, 15 de abril de 2013, contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela. REUTERS/Christian Veron
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Com a participação de Elianah Jorge, correspondente da RFI na Venezuela

Uma onda de protestos começou em várias cidades da Venezuela na segunda-feira, 15 de abril de 2013. A população foi às ruas enquanto Nicolás Maduro estava sendo proclamado presidente eleito do país pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral. A proclamação aconteceu poucas horas depois da divulgação dos resultados da eleição que marca a Era pós-Chávez.

Os protestos aconteceram depois que o pedido de recontagem dos votos foi rejeitado pelo Conselho Nacional Eleitoral e Capriles proclamado candidato derrotado. A oposição alega que houve fraude nos resultados anunciados. Maduro obteve 50,75% e Capriles, 48,98%.

Na noite de domingo, tanto Maduro como Capriles haviam concordado em pedir a recontagem dos votos. Mas a ala bolivariana ignorou esta solicitação e a oposição denunciou o descaso e a possibilidade de fraude nas eleições. Nas redes sociais surgiram denúncias de que caixas com o resultado da votação estariam sendo incineradas.

Causou surpresa o imediatismo em proclamar Maduro como presidente do país. Em outubro passado, quando Chávez foi eleito, sua proclamação foi feita três dias depois da apuração dos votos.

A maioria dos manifestantes é formada por jovens que cresceram com o governo Chávez e decidiram dar um basta ao que eles afirmam ser um sistema ilegítimo. A guarda nacional da Venezuela jogou bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dissipar os manifestantes. Henrique Capriles pediu que os protestos sejam pacíficos. Ele disse que esta luta não é do povo contra o povo e sim da democracia contra um governo espúrio.

Por outro lado, o chanceler venezuelano Elias Jaua declarou que Capriles quer ver o sangue do povo sendo derramado nas ruas do país. Fontes ligadas ao governo informaram que as casas do Partido Socialista Unido da Venezuela foram queimadas nos estados Táchira, Anzoátegui e Barinas.
 

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