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Venezuela/Protestos

Mais um dia de manifestações e tensão na Venezuela

A Venezuela deve viver hoje (15) um novo dia de tensão por conta da manifestação convocada pelo presidente Nicolás Maduro. O presidente venezuelano pediu a seus partidários para saírem às ruas do país em resposta ao movimento de contestação dos estudantes, que ontem voltaram a protestar contra o governo.

A polícia venezuelana usou jatos de água para dispersar os manifestantes na sexta-feira, 14 de fevereiro, em Caracas.
A polícia venezuelana usou jatos de água para dispersar os manifestantes na sexta-feira, 14 de fevereiro, em Caracas. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Apesar da proibição, os estudantes venezuelanos protestaram ontem nas ruas de Caracas e de outras cidades do país pelo terceiro dia consecutivo. A polícia dispersou a manifestação com jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo. Dois manifestantes ficaram feridos.

O movimento de contestação contra o governo foi lançado há dez dias por estudantes que denunciam a inflação, a insegurança no país e a falta de abastecimento de produtos de primeira necessidade. Na quarta-feira, eles organizaram, nas ruas da capital, a maior manifestação contra o presidente Nicolás Maduro desde a eleição do sucessor de Hugo Chávez, em 2013. O protesto reprimido pela polícia terminou com três mortos, dezenas de feridos e centenas de detidos. A maioria dos estudantes detidos já foi libertada.

Reação

O presidente venezuelano anunciou na noite de ontem um plano para acabar com a violência no país que prevê o reforço do patrulhamento e o desarmamento da população. A Venezuela tem uma das maiores taxas de homicídio do mundo.

Nicolás Maduro também convocou para este sábado uma “marcha pela paz e contra o fascismo”, termo normalmente usado pelas autoridades para designar os opositores. O governo acusa a oposição de incitar a violência para provocar um “golpe de Estado”.

O presidente declarou na quinta-feira que não vai deixar os manifestantes “mergulharem a Venezuela no caos”. Os estudantes exigem a renúncia de Nicolás Maduro e prometem continuar o movimento.

Censura

A oposição diz que a imprensa não cobre corretamente os protestos. A maioria dos canais de televisão do país não transmitiu as imagens da violência durante as manifestações, temendo as sanções anunciadas pelo Conselho Nacional de Telecomunicações aos veículos que “fizerem a promoção da violência”.

As transmissões da televisão colombiana de informação NTN24, acusada de manipulação, foram suspensas. Os estudantes reclamam que fotos das manifestações no Twitter foram bloqueadas.

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