Maduro anuncia expulsão de três diplomatas americanos
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na noite deste domingo (16) que havia ordenado "a expulsão de três agentes consulares dos Estados Unidos", acusando-os de terem encontrado estudantes que participam há duas semanas de um movimento de contestação ao governo.
Publicado a:
Um pouco mais cedo neste domingo, o governo acusou os Estados Unidos de "apoiar e legitimar as tentativas de desestabilização da democracia venezuelana".
Isso foi uma resposta ao secretário de Estado John Kerry, que no sábado condenou a "violência insensata" exercida contra os manifestantes.
Na última quarta-feira (12), uma manifestação de estudantes terminou com violentos confrontos que deixaram três mortos e mais de 600 feridos.
No final de setembro, Nicolas Maduro já havia ordenado a expulsão de três diplomatas, incluindo a encarregada de negócios da embaixada dos Estados Unidos, Kelly Keiderling, acusada de conspirar com opositores.
Um dos líderes da oposição, Leopoldo López, que teve a prisão decretada em razão dos atos de violência de quarta-feira, convocou um novo protesto para esta terça-feira (18). Ele afirmou que aproveitará a ocasião para pedir ao governo que assuma suas responsabilidades nas mortes de quarta-feira e libere os últimos 14 jovens ainda presos.
Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda (norte) e principal líder da oposição ao presidente Maduro, ofereceu neste domingo seu apoio a Leopoldo López. Candidato derrotado nas eleições presidenciais de abril de 2013, Capriles declarou que em breve vai convocar uma outra manifestação contra os problemas econômicos e a violência na Venezuela.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro