Dois candidatos se declaram vencedores em El Salvador
Uma diferença de menos de 7 mil votos separa o candidato da esquerda, Sanchez Ceren, do candidato da direita, Norman Quijano. Diante do resultado apertado, os dois concorrentes à presidência de El Salvador proclamaram vitória na eleição deste domingo (9).
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O ex-guerrilheiro Salvador Sánchez Cerén reivindicou vitória com vantagem mínima sobre o candidato de direita, Norman Quijano, que denunciou uma "fraude”. Cerén, do partido governante Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), obteve 50,11% dos votos, contra 49,89% de Quijano, da opositora Aliança Republicana Nacionalista (Arena). O resultado surpreendeu os analistas que esperavam uma margem confortável para o candidato da esquerda.
Apesar do revés, o ex-guerrilheiro continua a se considerar vitorioso. “Vencemos no primeiro turno e agora vencemos no segundo turno. Temos que fazer com que El Salvador respeite a vontade do seu povo”, disse Sánchez Cerén diante de seus simpatizantes. Já Quijano revidou. “Não vamos permitir fraudes ao estilo chavista ou de [Nicolás] Maduro como na Venezuela. Estamos em El Salvador”, disse.
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) pediu para que todos aguardem a contagem manual das atas que começa nesta segunda-feira (10) e pode durar três dias.
Perfil
Com 69 anos, Cerén é atualmente vice-presidente do moderado Mauricio Funes. Nos anos 80, ele foi um dos membros mais atuantes da guerrilha Frente Farabundo Martí na assinatura de acordos de paz que encerraram um conflito que deixou 75 mil mortos.
Já Norman Quijano, 67, é um ferrenho opositor do comunismo. Dentista, Quijano ingressou na carreira política e se tornou prefeito de San Salvador.
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