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Chile/Incêndio

Segue luta contra o fogo no Chile; veja fotos

Onze helicópteros, seis aviões e 2 mil militares seguem nesta segunda (14) tentando controlar o pior incêndio já ocorrido no porto da cidade chilena de Valparaiso, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Doze pessoas morreram e mais 250 casas foram queimadas ao longo da última madrugada, elevando para 2 mil o número de residências atingidas.

Valparaíso é a terceira cidade mais populosa do Chile, com cerca de 300 mil habitantes.
Valparaíso é a terceira cidade mais populosa do Chile, com cerca de 300 mil habitantes. REUTERS/Eliseo Fernandez
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Ao contrário do domingo (13), quando o vento e as altas temperaturas ajudaram a propagar o fogo, espera-se que nesta segunda o clima seja mais ameno e úmido, elementos que podem ajudar no controle das chamas. A presidente Michelle Bachelet cancelou uma viagem prevista para a Argentina e se reuniu com os ministros do comitê de emergências. As autoridades esperam conseguir dominar o fogo nas próximas 72 horas e logo começar a investigar a origem do acidente.

Casal morreu abraçado

Segundo o último balanço oficial, o incêndio destruiu por completo 2 mil casas, deixou 8 mil danificadas e causou a evacuação de outras 10 mil residências. Cerca de 1,2 mil pessoas foram obrigadas a passar a noite em albergues. O restante encontrou refúgio na casa de parentes ou amigos. Das 12 vítimas fatais, a maioria era de adultos que não conseguiram sair de suas casas a tempo. Um casal de idosos se negou a deixar sua residência e foi  encontrado queimado. Eles estavam abraçados sobre a cama, segundo depoimento de vizinhos.

O fogo iniciado no sábado à tarde já consumiu 850 hectares em um perímetro de 22 quilômetros. O fogo atingiu as montanhas onde vivem populações mais pobres e onde as construções são na maioria de madeira, muitas delas irregulares e longe das fontes de água, o que dificulta o trabalho dos bombeiros.

Moradores resistem a sair

Na escola Grécia, um dos oito albergues para as vítimas, Carlos Gaona afirma que dormiu pouco nesta noite, “por causa das sirenes dos bombeiros e da gente que segue chegando”.Outra vítima, Ericka Cáceres, disse que perdeu tudo. “Somos uma família de sete pessoas e a primeira noite no albergue foi triste, principalmente para as crianças, que nunca tinham vivido nada como isso.”

Alguns moradores, como Arturo Gómez, resistiram em deixar as suas casas. “Não vou abandonar o pouco que tenho. São 15 anos de esforço e até que a minha casa não esteja no chão, não saio. Minha esposa e meus quatro filhos estão no albergue”, contou o morador do morro Mariposa, um dos mais afetados.

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