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Michael Brown/EUA

Polícia revela nome do policial que matou jovem negro no Missouri

A polícia da cidade de Ferguson, nos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira (15) que o policial Darren Wilson é o autor dos tiros que matou o jovem Michael Brown no último sábado. O caso gerou uma grande revolta no país, com inúmeros protestos sendo realizados em várias cidades.

Manifestantes de Nova York levantam as mãos, repetindo o gesto feito pelo jovem Michael Brown antes de ser morto por um policial na cidade de Fergunson no último sábado.
Manifestantes de Nova York levantam as mãos, repetindo o gesto feito pelo jovem Michael Brown antes de ser morto por um policial na cidade de Fergunson no último sábado. REUTERS/Brendan McDermid
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Darren Wilson trabalha como policial em Fergunson, no Estado do Missouri, há mais de seis anos e, de acordo com seus colegas, ele nunca teve problemas de disciplina. Até hoje, a polícia havia se recusado a divulgar o nome do responsável pela morte de Michael Brown, adolescente negro de 18 anos, por razões de segurança.

As polícias local e a federal (FBI) investigam o caso, que tem duas versões. De acordo com a polícia, o garoto foi morto depois de ter agredido um policial e tentar roubar sua arma. Mas uma testemunha diz que o jovem caminhava na rua com um amigo, não estava armado, e foi alvejado depois de ser rendido pelo policial e estar com as mãos para cima.

Tensão

O Estado do Missouri adotou medidas para acalmar a tensão causada pela morte do adolescente. Após uma semana de protestos violentos, o governo anunciou mudanças no comando da polícia local, que ficará sob a responsabilidade do chefe da Polícia Rodoviária do Missouri, capitão Ron Johnson.

Johnson é negro, cresceu na periferia de Saint Louis e prometeu uma "abordagem diferente" na luta contra o crime. Na coletiva de imprensa em que foi apresentado, o capitão disse que é preciso colocar um fim no ciclo de violências, restabelecer a confiança dos cidadãos de Ferguson e mostrar o respeito dos policiais pelos habitantes.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu calma e cautela à polícia de Ferguson, considerando que os policiais têm a “responsabilidade de ser transparentes” sobre como o adolescente foi morto. Obama também criticou a polícia pelo "uso excessivo da força em manifestações pacíficas", ressaltando que "não há justificativa" de violências contra policiais.

Trayvon Martin

O assassinato em Ferguson reavivou as discussões sobre o racismo nos Estados Unidos e relembrou o caso de Trayvon Martin, de 17 anos. O garoto negro foi morto pelo vigia George Zimmerman, na Flórida, em 2012. Em uma sentença polêmica, um júri absolveu Zimmerman, considerando que o réu atirou em legítima defesa.

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