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Epidemia/Ebola

Cuba envia médicos e enfermeiros à Serra Leoa para combater Ebola

Cuba vai enviar 165 médicos, enfermeiros e epidemiologistas à Serra Leoa, um dos três países africanos mais atingidos pela epidemia do vírus ebola. Durante seis meses, os cubanos vão ajudar as autoridades sanitárias locais a combater a doença, informou o ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda.

A diretora da OMS, Margaret Chan, e o ministro da Saúde cubano, Roberto Morales Ojeda, dão entrevista na sede da agência da ONU em Genebra.
A diretora da OMS, Margaret Chan, e o ministro da Saúde cubano, Roberto Morales Ojeda, dão entrevista na sede da agência da ONU em Genebra. REUTERS/Pierre Albouy
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A delegação cubana é a maior, em número de especialistas, enviada até agora ao oeste da África, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A expectativa é que os médicos cubanos cheguem à Serra Leoa na primeira semana de outubro, mas alguns já deixaram a ilha.

Em visita à sede da OMS, em Genebra, o ministro cubano da Saúde disse que os especialistas se apresentaram como voluntários. "A maioria deles tem experiência em situações de catástrofe sanitária", relatou.

Após o encontro com Ojeda, a diretora da OMS, Margaret Chan, disse que "falta tudo para combater o ebola, mas o mais urgente são pessoas". Nos cálculos da OMS, são necessários mais 500 profissionais estrangeiros e mil nacionais para enfrentar a epidemia.

De acordo com um novo balanço publicado hoje pela organização, a febre hemorrágica já matou mais de 2.400 pessoas dos 4.784 casos diagnosticados. Nos três países mais afetados − Libéria, Serra Leoa e Guiné −, o número de casos aumenta mais rápido do que a capacidade dos agentes de saúde administrarem a doença. Chan enfatizou que a mobilização internacional ainda é insuficiente para lidar com a gravidade da epidemia.

Instituto Pasteur pessimista

Especialistas do Instituto Pasteur estão pessimistas com o avanço incontrolável da epidemia no oeste da África. O instituto francês, voltado à pesquisa de vacinas, doenças virais e infecciosas, intensificou suas ações preventivas para evitar que o ebola se espalhe em países ainda não atingidos pelo vírus.

A França reforçou sua ajuda à Guiné, enquanto outros países europeus vão se concentrar na Libéria e Serra Leoa. A situação na Libéria é gravíssima, a ponto de a presidente liberiana ter dito, ontem, na Assembleia Geral da ONU, que o país de 4 milhões de habitantes "corre o risco de desaparecer" devido à doença.

O fechamento das fronteiras, em vez de ajudar, está enfraquecendo ainda mais a economia desses países e reduzindo os recursos para combater a epidemia.

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