Coreia do Norte nega acusações do FBI sobre envolvimento em ataque cibernético contra Sony
A missão norte-coreana nas Nações Unidas negou nesta sexta-feira (18), envolvimento em um ciberataque contra a Sony Pictures depois que o FBI (polícia federal americana) informou ter provas de que Pyongyang estava por trás do ato. Diante de ameaças contra o público, a Sony cancelou a estreia da comédia "The Interview", que satiriza o líder norte-coreano Kim Jong-un.
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Estrelada por James Franco e Seth Rogen, "The Interview" ("A Entrevista") é sobre um complô orquestrado pela CIA (polícia secreta americana) para matar o dirigente norte-coreano. O longa estava com estreia marcada para 25 de dezembro nos Estados Unidos. No entanto, a Sony Pictures resolveu recuar e cancelar o lançamento, após ameaças contra as pessoas que fossem ver o filme.
Antes desse episódio, a Sony passou por uma onda de invasões cibernéticas. Hackers do grupo autointitulado Guardiães da Paz divulgou documentos, emails privados dos executivos da empresa e inclusive o esboço do roteiro do próximo filme de James Bond.
Ordens de Pyongyang
O FBI anunciou que tem provas de que o ciberataque ao site da Sony Pictutes doi comandado por autoridades norte-coreanas. Em comunicado, a agência americana relatou que a análise técnica do vírus usado pelos hackers comprova a ligação com a Coreia do Norte. Em 2013, a mesma estratégia foi usada contra bancos e veículos de imprensa da Coreia do Sul.
Pyongyang negou ter qualquer participação, mas disse que o ataque poderia ter sido causado por alguns de seus “simpatizantes”.
Apoio de personalidades
Para Paulo Coelho, a atitude do estúdio abre um precedente perigoso. “A Sony está dando aos terroristas exatamente o que eles querem”, publicou no Twitter. Ele ofereceu US$ 100 mil pelos direitos do filme, que prometeu divulgar gratuitamente em seu blog. Já o ator George Clooney lançou um abaixo-assinado em apoio ao estúdio Sony. Até o momento, porém, ninguém assinou o abaixo-assinado. “Ninguém quis ser o primeiro a assinar”, lamentou Clooney. Para o ator, isso mostra o quanto a indústria [do cinema] está assustada”.
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