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EUA/Cuba

EUA e Cuba iniciam diálogo histórico em Havana

Depois de 35 anos de relações cortadas, altos responsáveis cubanos e americanos se reuniram nesta quarta-feira (21), em Havana, para começar um diálogo que vai definir as bases da reaproximação histórica entre os dois países. Os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram a volta das relações bilaterais em 17 de dezembro passado.  

Representantes dos Estados Unidos e de Cuba debatem em Havana os pontos da reaproximação bilateral em 21 de janeiro de 2015.
Representantes dos Estados Unidos e de Cuba debatem em Havana os pontos da reaproximação bilateral em 21 de janeiro de 2015. REUTERS/Stringer
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A primeira etapa das discussões será dedicada à revisão dos acordos migratórios entre Estados Unidos e Cuba. O lado americano é representado pelo sub-secretário do Estado para as Américas, Alex Lee (EUA);a diretora dos Estados Unidos no Ministério das Relações Exteriores, Josefina Vidal, responde por Cuba.

A sub-secretária do Estado para o Ocidente, Roberta Jacobson, desembarca mais tarde na ilha. Sua presença marca a primeira visita de um alto responsável americano a Cuba desde 1980.

Na quinta-feira, os debates serão centrados no restabelecimento das relações diplomáticas, rompidas em 1961. A reabertura das embaixadas é o ponto mais aguardado. Em seu discurso sobre o Estado da União, na terça-feira (20), o presidente Barack Obama afirmou que "quando você faz algo durante 50 anos que não dá certo, é hora de tentar alguma coisa nova".

Sobre a questão da imigração, devido aos acordos assinados em Washington em 1994, os americanos se comprometem a limitar os vistos e mandar de volta a Cuba os imigrantes interceptados no mar. Já Cuba deve lutar contra a imigração clandestina.

Embargo

Obama já sinalizou que vai submeter em breve aos parlamentares a suspensão do embargo comercial e financeiro imposto a Cuba desde 1962. A maioria republicana se opõe ao projeto. Outro gesto é a reflexão sobre a eventual retirada de Cuba da lista dos países que apoiam o terrorismo.

Os esforços de reconciliação já começaram dos dois lados: Washington suspendeu uma série de restrições comerciais e viagens, além de facilitar a transferência de fundos de migrantes cubanos. Cuba, por sua vez, libertou 53 prisioneiros políticos de uma lista apresentada pelos Estados Unidos.

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