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Argentina/crime

Kirchner muda discurso e diz que promotor Nisman foi assassinado

Depois de ter afirmado o contrário, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner,  disse nesta quinta-feira (22) não acreditar na tese do suicídio do promotor Alberto Nisman, encontrado morto no último domingo em seu apartamento em Buenos Aires. Ele denunciou a chefe de Estado durante a investigação do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina, na capital, em julho de 1994, que deixou 85 mortos.

Em uma carta publicada em seu site na manhã desta quinta-feira (22), a presidente argentina, Cristina Kirchner, rebateu as acusações do promotor Alberto Nisman no suposto encobrimento de agentes iranianos no caso Amia.
Em uma carta publicada em seu site na manhã desta quinta-feira (22), a presidente argentina, Cristina Kirchner, rebateu as acusações do promotor Alberto Nisman no suposto encobrimento de agentes iranianos no caso Amia. Presidência da Argentina
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O procurador Alberto Nisman, encontrado morto no domingo (18), havia acusado na semana anterior a presidente de ter encoberto os iranianos indiciados no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina.

Primeiro ela postou em sua conta no Facebook que Nisman havia se matado, mas agora ela inverteu o discurso. Na quinta-feira, na sua mesma conta, ela escreve que a morte de Alberto Nisman foi queima de arquivo. O laudo preliminar mostra que a causa da morte seria uma “perfuração na têmpora”, provocada por um tiro. Segundo ela, existe um complô contra o governo e o promotor foi usado, seguindo a pista de falsas informações para acusar membros do executivo. Como se tornou testemunha, acabou sendo assassinado.

Nisman deveria apresentar no Congresso as conclusões da investigação na segunda-feira (19). De acordo com o promotor, que cita a presidente e o chanceler Hector Timerman no processo, o governo argentino protegeu o Irã no inquérito para preservar as relações internacionais entre os dois países.

Para a chefe de Estado argentina, "o teor da denúncia foi sepultado pela morte do promotor, sob a forma de um aparente suicídio. A verdadeira operação contra o o governo é a morte do promotor depois de acusar a presidente, o chanceler e o secretário-geral da Campora de ter acobertado os iranianos”. Campora é o movimento político pró-Kirchner.

 

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