Governo da Venezuela autoriza uso de arma de fogo contra manifestantes
Os militares que participam da segurança de manifestações e protestos na Venezuela estão autorizados a utilizar armas de fogo em situações de "violência mortal", de acordo com uma controvertida resolução do governo publicada nesta sexta-feira (30) no diário oficial.
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O decreto aprovado descreve as regras de atuação das Forças Armadas venezuelanas durante ações de "controle da ordem pública" em manifestações. Passa a ser legal o "uso da força gradual, começando pela presença ostensiva até a utilização de arma de fogo".
Em uma série de alíneas sobre o respeito aos direitos humanos, a resolução estabelece o "uso progressivo da força" e, caso aconteça uma situação de "violência mortal", o funcionário militar "poderá responder com uma arma de fogo ou outra arma potencialmente mortal".
O texto, criticado por militantes dos direitos humanos e da oposição, é publicado a poucos dias do aniversário de um ano da onda de protestos que sacudiu a Venezuela de fevereiro a maio do ano passado, deixando 43 mortos.
O autor da medida é o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López. Ele rejeitou as críticas e defendeu o que considera uma "bela medida" e de "profundo respeito aos direitos humanos".
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