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EUA/Venezuela

Obama amplia sanções contra autoridades da Venezuela por violação de direitos humanos

O presidente americano, Barack Obama, decretou novas sanções contra sete autoridades venezuelanas, acusadas por de violações dos direitos humanos. As medidas incluem o congelamento de bens e restrições na concessão de vistos de viagem para os Estados Unidos.

O presidente americano, Barack Obama.
O presidente americano, Barack Obama. REUTERS/Kevin Lamarque
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Com a colaboração de Elianah Jorge, correspondente da RFI Brasil em Caracas

O presidente Barack Obama declarou situação de “emergência nacional” pelo “risco extraordinário” que a Venezuela representa para a segurança dos Estados Unidos. Ele também pediu a liberação de Leopoldo López, Daniel Ceballos e Antonio Ledezma, políticos opositores que estão presos. Entre as medidas, Obama ordenou a implementação das sanções aprovadas recentemente contra sete altos funcionários venezuelanos envolvidos na violação de Direitos Humanos.

"Estamos profundamente preocupados com os esforços empenhados pelo governo da Venezuela para aumentar a intimidação contra seus opositores", disse a Casa Branca em um comunicado anunciando as medidas.

"Estamos determinados a defender os direitos humanos e promover os princípios democráticos na Venezuela utilizando sanções financeiras", disse o secretário do Tesouro norte-americano Jack Lew.

O decreto assinado por Obama formaliza e fortalece a aplicação de uma lei fortalece aprovada no final de 2014, que estabelece sanções contra funcionários venezuelanos envolvidos na repressão violenta de protestos contra o presidente Nicolas Maduro, entre fevereiro e maio 2014.

Reações

Até o momento, o presidente Nicolás Maduro não se pronunciou. A chanceler Delcy Rodríguez informou que o encarregado de negócios da Venezuela nos Estados Unidos, Maximilien Arvelaiz, foi chamado de imediato para consultas.

Entre os sancionados estão funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN); da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) do Ministério Público; da Polícia Nacional e das Forças Armadas Bolivarianas (FANB).

A reação do governo dos Estados Unidos acontece dias depois que o presidente Nicolás Maduro anunciou a necessidade de visto para que norte-americanos entrem na Venezuela. Também foi imposta a proibição de entrada no país a autoridades dos Estados Unidos, entre elas o ex-presidente George W. Bush. Também foi ordenada a redução do número de funcionários do corpo diplomático dos EUA na Venezuela e que a diplomacia norte-americana no país informe ao Palácio do Miraflores sobre reuniões de trabalho.

Em 19 de fevereiro deste ano o prefeito opositor Antonio Ledezma foi levado à força e sem ordem judicial por funcionários do Sebin, e está preso em Ramo Verde, a mesma prisão onde estão o dirigente político Leopoldo López e o prefeito Daniel Ceballos.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, intensificou recentemente sua ofensiva contra a oposição, com a prisão do prefeito de Caracas Antonio Ledezma, que foi acusado de estar envolvido em um complô para derrubar o governo.

Há dez dias, Maduro também introduziu a obrigatoriedade de visto para os americanos interessados em visitar o país e cancelou vistos de diplomatas americanos trabalhando em Caracas.

 

 

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