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Angola

Angola: Reprimido protesto denunciando prisões arbitrárias

Várias pessoas teriam sido detidas na repressão pelas autoridades angolanas de uma "manifestação pacífica" que visava alertar para a "violação dos direitos humanos" e "prisões arbitrárias", segundo os organizadores da acção, que denunciam a violência de que teriam sido alvo.

Cartaz manifestação 29/07/15
Cartaz manifestação 29/07/15 www.facebook.com/centralangola7311
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O protesto, oficialmente convocado por um grupo auto-intitulado de "activistas cívicos de vários extractos sociais" que integram movimentos de contestação ao regime angolano, tinha como objectivo contestar as "perseguições políticas" em Angola.

A manifestação tinha como lema "Chega de prisões arbitrárias e perseguições políticas em Angola" e previa a concentração pelas 15h00 (14h00 TMG), no Largo da Independência, no centro da capital.

Entretanto, o vice-Procurador-Geral da República de Angola, numa posição transmitida pelos órgãos de comunicação do Estado, garantiu que os 15 jovens activistas em prisão preventiva desde Junho, em Luanda, não são presos políticos e que a detenção se justificou por estarem, alegadamente, a preparar uma "insurreição".

O general Hélder Pitta-Groz acrescenta que "não há nenhum mecanismo a nível do Estado" que limite a liberdade de expressão e que em Angola "as pessoas expressam-se livremente", reafirmando que neste caso, os 15 detidos estavam a preparar "uma insurreição".

O protesto foi reprimido pelas autoridades, com relatos de novas prisões esta tarde na capital angolana. O relato com o nosso correspondente Avelino Miguel.

00:47

Correspondência de Avelino Miguel

Pedro Malembe, activista do Movimento Revolucionário, denunciou a violência e o espancamento de que foram vítima os manifestantes por parte da polícia.

02:10

Pedro Malembe

Abel Chivukuvuku, líder da CASA CE, denunciou à RFI o espancamento de que foram alvo os manifestantes.

02:27

Abel Chivukuvuku

O activista Roberto Gamba "Pastor" descreveu o forte aparato policial desde esta manha em Luanda, e afirma que antes da hora prevista para a manifestação pelo menos 17 activistas foram presos em Viana, entre os quais Raùl Mandela que vàrias vezes testemunhou na RFI.

01:01

Roberto Gambo "Pastor"

A RFI tem envidado esforços junto das autoridades policiais para obter confirmação das ocorrências denunciadas pelos nosso interlocutores, até ao momento sem sucesso.

Também no estrangeiro estavam agendados protestos idênticos, caso de Lisboa onde deviam marcar presença figuras como o escritor angolano José Eduardo Agualusa ou ainda a directora executiva da Amnistia internacional em Portugal, Teresa Pina.

 Entrevistas de Isabel Pinto Machado

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