Nzita Tiago quer diálogo com Presidente angolano

O Presidente da FLEC/FAC, Nzita Tiago, regozija-se com a nomeação do General, Fernando Garcia Miala, como facilitador do diálogo, entre Luanda e Cabinda, pelas autoridades angolanas, e diz-se pronto a encontro.

Enclave de Cabinda en Angola. globalsecurity.org

O Presidente da FLEC/FAC, Frente de libertação do enclave de cabinda, Nzita Tiago, declarou, esta segunda-feira, 03 de agosto, à RFI, estar satisfeito, com a nomeação, do General, Fernando Garcia Miala, pelas autoridades angolanas de Luanda, como facilitador, do diálogo, entre as duas partes.

Nzita Tiago, vem confirmar uma nota de imprensa, divulgada, esta segunda-feira, em Paris, pela FLEC/FAC, na qual a sua direcção político-militar, apela para "o diálogo evitar conflitos entre os nossos povos", pedindo, ainda, ao "Presidente José Eduardo dos Santos a libertar prisioneiros cabindenses e estabelecer um diálogo construtivo, com a FLEC/FAC, para a resolução de problemas".

Nestes dias em que a FLEC, assinala, de 2, até, amanhã, 4 de agosto, 50 anos de acções de guerrilha, no enclave de Cainda, o líder da FLEC/FAC, volta a mostrar-se, disponível, para se encontrar, com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, no estrangeiro, designadamente, em Paris, ou em Lisboa, mas, nunca em Luanda, onde não há garantias de segurança da sua pessoa.

Nzita Tiago, afirma em entrevista à RFI, que o Presidente angolano, mostra-se mais aberto, ao nomear como facilitador desse diálogo,  o General Fernando Garcia Miala, com quem tem boas relações, sublinhando, que esta alta patente militar angolana,  "pode ser, o homem da confiança do Presidente dos Santos, e poderá facilitar esse diálogo".

"Esse atraso do Senhor José Eduardo dos Santos, de não dialogar connosco, vinha de pessoas em quem não tinha confiança; agora que ele sabe, que o Senhor Nzita se entende bem, com Miala, pode ser facilitado esse encontro."

Perguntado se estava disposto a encontrar-se, em Luanda,  com o Presidente angolano, José Eduardo Santos, o líder da FLEC/FAC, Nzita Tiago, responde que para "Luanda, não vai, porque não acredita, que Luanda, tenha segurança para isso; talvez, Lisboa, Paris, ou outro país, no estrangeiro, onde podem falar, à vontade".

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Nzita Tiago, Presidente da FLEC/FAC do enclave angolano de Cabinda