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Líbia

Jornalista brasileiro preso durante conflitos na Líbia é libertado

O jornalista brasileiro Andrei Netto, preso na Líbia durante a cobertura dos conflitos no país, foi libertado nesta quinta-feira. Correspondente do jornal O Estado de S.Paulo  em Paris, e colaborador da Rádio França Internacional, ele havia sido capturado pelas forças do regime líbio e estava sem dar notícias há mais de uma semana.

Jornalista Andrei Netto, do jornal  "O Estado de São Paulo".
Jornalista Andrei Netto, do jornal "O Estado de São Paulo". Reuters
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A confirmação da liberação de Andrei Netto foi feita pelo jornal O Estado de S.Paulo. Segundo o diário, o jornalista passa bem e deve deixar o território líbio já na sexta-feira. Ainda segundo O Estado, o correspondente teria sido capturado durante oito dias na cidade de Sabrata, ao oeste de Trípoli. Andrei estaria na casa do embaixador do Brasil em Trípoli. 

Pouco antes da confirmação, Lúcia Müzell, noiva de Andrei e jornalista na Rádio França Internacional em Paris, informou que repórter já havia sido libertado e que estaria a caminho da capital da Líbia. A informação foi recebida como uma boa notícia pela noiva e a família do jornalista, que há mais de uma semana tentavam entrar em contato com o correspondente.

A prisão de Andrei Netto foi confirmada pela direção de O Estado de S.Paulo na quarta-feira. O jornal havia recebido indicações de que o jornalista tinha sido preso por tropas do governo perto da cidade de Zawiya, próximo da capital Trípoli.

Netto, de 34 anos, é correspondente O Estado de S.Paulo em Paris e havia sido enviado para cobrir os conflitos na Líbia. Mas, ao contrário dos demais jornalistas que entraram no país pela fronteira egípcia e que contavam com a proteção das autoridades locais, o brasileiro entrou na Líbia clandestinamente pela fronteira com a Tunísia.

“Nós entramos no país com a ajuda de passadores tunisianos e rebeldes. Evitamos grandes estradas e buscando meios alternativos de locomoção. Circular entre as cidades exige extremo cuidado de nossa parte, pois não contamos com o apoio do governo”, disse ele ao comentar as dificuldades na cobertura do conflito, pouco antes de ser capturado. 

Para realizar suas reportagens, Andrei contou com o apoio dos insurgentes, que o ajudaram a se aproximar da capital. O brasileiro era um dos poucos jornalistas ocidentais trabalhando na região oeste da Líbia.

Ouça a colaboração enviada por Andrei Netto na quarta-feira da semana passada à RFI, pouco antes de ser capturado na Líbia:

Andrei Netto, do jornal "O Estado de São Paulo", em colaboração especial para RFI
06:19

"Estamos circulando entre cidades do oeste com extrema prudência, sem autorização, para revelar esse outro lado, o dos revoltosos."

 

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