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Brasil/Rafale

Amorim: crise dificulta compra de caças Rafale

O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, afirmou hoje durante uma entrevista coletiva em Paris que o exército brasileiro precisa renovar rapidamente a sua frota aérea, mas que a decisão sobre a compra dos caças de combate será condicionada ao impacto que a crise econômica terá no país. A declaração foi feita após uma reunião de Amorim com o ministro da Defesa francês, Gérard Longuet.

O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, se reúne hoje com o ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, e com o chanceler francês Alain Juppé.
O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, se reúne hoje com o ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, e com o chanceler francês Alain Juppé. REUTERS
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"Não sabemos que consequências a crise econômica terá sobre o Brasil, então temos que ser prudentes sem esquecer as necessidades da defesa", afirmou o ministro Celso Amorim sobre a compra dos caças. Ele não exclui a possibilidade de a decisão ser tomada durante o ano de 2012 e acrescentou que os aviões Mirage da força aérea brasileira têm que ser substituídos até o final de 2013.

Ontem o ministro francês da Defesa anunciou que a negociação iniciada em 2008 com os Emirados Árabes Unidos para a venda de 60 caças Rafale está em sua "etapa final" e que a possibilidade de fechar um contrato é "muito grande". Até agora a França não conseguiu vender nenhum exemplar de seu avião supersônico, que já é usado pelas Forças Armadas francesas.

Na semana passada a Rafale International anunciou a proposta de uma associação tecnológica com empresas e universidades do Rio de Janeiro caso o Brasil finalmente escolha o caça francês para modernizar a frota da sua força aérea. Três construtores aeronáuticos disputam essa licitação milionária: além da francesa Dassault com o Rafale, a americana Boeing com o F-18 e a sueca Saab com o Gripen.

Cooperação

Os dois ministros disseram ainda que França e Brasil devem aumentar seu intercâmbio, com uma colaboração no campo da defesa cibernética, além de continuar a transferência de tecnologia francesa para o Brasil com a construção de quatro submarinos convencionais de classe Scopène e um submarino nuclear. 

Celso Amorim e Gérard Longuet também discutiram sobre a situação no Haiti e no Líbano, dois países onde o Brasil tem um grande contingente de militares nas forças de paz da ONU. 

O ministro brasileiro se reuniu ainda nesta terça-feira com o chanceler francês Alain Juppé. Amanhã ele se encontra com o presidente Nicolas Sarkozy e em seguida vai para Cherbourg, na Normandia, noroeste da França, para visitar o estaleiro naval onde está sendo construído um dos quatro submarinos convencionais de classe Scorpène que o Brasil comprou da França dentro do acordo de parceria estratégica entre os dois países.

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