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Luxo/Brasil/Europa

Setor do luxo conta com Brasil e China para manter crescimento

As vendas de produtos de luxo no mundo devem continuar em alta nos próximos dois anos, mas para isso o setor conta com o bom desempenho das economias emergentes, como a China e o Brasil. Essa é a constatação de um relatório divulgado nessa terça-feira pela consultoria Boston Consulting Group.

Hermès é uma das marcas de luxo que registra os melhores resultados apesar da crise econômica.
Hermès é uma das marcas de luxo que registra os melhores resultados apesar da crise econômica.
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De acordo com o documento, as vendas de produtos de luxo devem aumentar 7% ao ano até 2014. O desempenho é menor que o registrado entre 2010 e 2011, quando o crescimento ultrapassou os 10%, mas atesta a boa saúde do setor, apesar de crise econômica que atinge seus clientes tradicionais, como a Europa, o Japão e os Estados Unidos. A previsão positiva se deve principalmente ao desenvolvimento das economias emergentes, como a China e o Brasil, que representam o novo mercado das grandes marcas e compensam as perdas no resto do mundo.

O Boston Consulting Group (BCG) também projeta a possibilidade de um cenário negativo, em caso de grande crise no mundo nos próximos anos, com queda de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB) dos países da Europa do Oeste, dos Estados Unidos e do Japão, além de um crescimento lento nas nações emergentes. No entanto, mesmo nesse contexto, as vendas do setor ainda cresceriam 3% ao ano. Segundo Jean-Marc Bellaiche, um dos responsáveis pelo estudo, “se houver menos milionários e uma forte retração na China e no Brasil, isso terá repercussões no setor, mas a margem de crescimento ainda é grande” nessas regiões, principalmente graças à expansão constante da classe média brasileira e chinesa. Segundo a BCG, até 2015 a China deve se tornar o primeiro cliente de produtos de luxo no mundo.

Europa se mobiliza

Diante dessa constatação, a União Europeia quer reforçar sua competitividade no setor e se manter como principal produtor de artigos de luxo do mundo. Atualmente, o velho continente concentra os grandes grupos do ramo (LVMH, PPR, Hermès, etc) e 70% das vendas mundiais do segmento. Mas cerca de 60% de sua produção é comprada por consumidores que vivem fora do bloco.

Além de pedir um reforço de políticas nacionais de preservação e formação das profissões artesanais, os europeus defendem medidas para facilitar a exportação. Bruxelas contesta, por exemplo, as políticas protecionistas de países como a Índia e o Brasil, que tornam as exportações cada vez mais difíceis para os atores do velho continente.

O luxo europeu gera 400 bilhões de euros, o que representa 3% do PIB do bloco.

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