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Dengue/Imprensa

Experiência brasileira contra a dengue é destaque na imprensa francesa

O jornal Le Monde que chega nas bancas nesta quarta-feira, destaca a pesquisa desenvolvida no Brasil para controlar a proliferação do mosquito da dengue. Insetos trangênicos serão produzidos em laboratório para evitar a reprodução. Uma experiência que, segundo o jornal, poderia servir para a França.

DR
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“Uma usina de mosquitos transgênicos” diz a manchete do Le Monde, que destaca que as Autoridades sanitárias brasileiras acabam de anunciar que vão recorrer a Aedes aegypti trangênicos para frear a epidemia de dengue no país.

A experiência é fruto de uma colaboração entre a sociedade brasileira Moscamed, a Universidade de São Paulo e a sociedade britânica Oxitec. Uma unidade de produção de insetos transgênicos foi inaugurada no começo de julho no Estado da Bahia. Ela vai produzir uma quantidade semanal de 4 milhões dos mosquitos geneticamente modificados que agirão sobre sua própria espécie como inseticidas.

Segundo o Le Monde, o princípio é simples. Centenas de milhares de machos transgenicos são soltos em meio natural. Eles devem se reproduzir com as fêmeas selvagens e transmitir um gene que impede o desenvolvimento dos insetos. Os descendentes morrem no fim do estágio de larva. Os mosquitos transgênicos não podem ser vetores da doença porque somente as fêmeas da espécie se alimentam de sangue antes de botar os ovos.

O jornal explica que os testes foram concluídos com sucesso na Bahia, onde conseguiram uma redução da população de quase 80% explica Luke Alphey, diretor cientifico da Oxitec.

“As vantagens são consideráveis, não são necessários pesticidas que destroem também populações de polinizadores, contaminam os solos, permanecem e se acumulam na cadeia alimentar”, destaca Lê Monde.

A França desenvolve, também em conjunto com a Oxitec, técnicas similares contra o mosquito tigre que se instalou no sul do país. O inseto é vetor do chikungunya e da dengue, doenças com sintomas parecidos. Mas as técnicas ainda não foram aplicadas em meio natural. O caso brasileiro poderia ser uma primeira experiência para a França.
 

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