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Brasil/ União Europeia

Cúpula da América Latina e UE terá Dilma, Castro, Merkel e Rajoy

A presidente Dilma Rousseff viaja neste final de semana para Santiago (Chile) para a primeira Cúpula Celac-União Europeia, na qual lideranças latinoamericanas e europeias vão aprofundar os diálogos de cooperação. Com a presença de Raúl Castro, esta será a primeira vez que um presidente cubano aceita o convite para participar de um encontro do gênero.

Dilma se encontrou com José Durão Barroso, Comissão Europeia, na cúpula Brasil-União Europeia, na quinta-feira.
Dilma se encontrou com José Durão Barroso, Comissão Europeia, na cúpula Brasil-União Europeia, na quinta-feira. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Os 45 chefes de Estado e de Governo que confirmaram presença no evento devem chegar a Santiago entre hoje e amanhã. Dilma Rousseff começará a agenda por uma visita oficial à cidade, neste sábado, quando será recebida pelo presidente Sebastián Piñera. É prevista a assinatura de acordos de educação, cultura e cooperação científica no continente antártico. O ministério das Relações Exteriores ainda não divulgou com quem a presidente brasileira deve realizar outras reuniões bilaterais.

No âmbito da cúpula do Celac-UE, os primeiros-ministros francês, Jean-Marc Ayrault, e espanhol, Mariano Rajoy, a chanceler alemã Angela Merkel, e os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, Herman Van Rompuy e José Manuel Barroso prometeram cruzar o oceano para dialogar com os latinoamericanos.

A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) foi criada em dezembro de 2011, em Caracas, por iniciativa do presidente venezuelano, Hugo Chávez. O grupo é o único a contar com todos os países das Américas, à exceção dos Estados Unidos e o Canadá, e foi criado para promover o dialogo político e de cooperação. Chávez permanece internado em um hospital de Cuba e, ironicamente, será a principal ausência desta primeira cúpula do grupo, que também se reúne sem a presença dos convidados europeus ao longo dos dois dias de evento.

“Esperamos entrar em uma nova era, uma nova etapa nas relações entre a Europa e a América Latina, que agora repousam menos na ajuda e a assistência material e mais na cooperação, a fim de selar uma aliança estratégica para o desenvolvimento e mercados mais abertos”, declarou o anfitrião, Sebastian Piñera. “Será provavelmente a primeira vez que os dois continentes vão se olhar de igual para igual”, afirmou Rafael Dochao, representante da União Europeia no Chile.

No plano econômico, as duas regiões encontram-se em situações opostas: a União Européia enfrenta uma das maiores crises da sua história enquanto a América Latina atravessa uma fase prolongada de crescimento econômico – 4,5% em média de PIB entre 2010 e 2012. Neste contexto, os investimentos ocuparão o centro das conversas em Santiago, além das questões ligadas ao meio ambiente. A Europa é a maior investidora estrangeira na América Latina: 43% dos investimentos externos na Celac vêm do bloco europeu, um volume de negócios que chegou a 385 bilhões de euros em 2010.

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