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Brasil/ greve

Greve no metrô paulista repercute na imprensa francesa

A uma semana da Copa do Mundo no Brasil, a imprensa francesa destaca nesta quinta-feira (5) a greve no metrô de São Paulo, iniciada hoje por um período indeterminado. Os principais jornais e emissoras de televisão relatam a tensão social no país.

Pessoas invadem a entrada do metrô de Itaquera, em São Paulo, nesta quinta-feira, 5 de junho de 2014.
Pessoas invadem a entrada do metrô de Itaquera, em São Paulo, nesta quinta-feira, 5 de junho de 2014. REUTERS/Chico Ferreira
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“O clima social permanece tenso a uma semana do início da Copa do Mundo”, diz o site do jornal Le Parisien, em uma reportagem sobre o tema recheada de vídeos das últimas manifestações no país. O diário destaca que o metrô é o principal meio de transporte para chegar à Arena Corinthians, “o estádio luxuoso onde acontecem a cerimônia de abertura e seis jogos do Mundial”.

A greve vai atingir 4,5 milhões de usuários. O jornal observa que 4 mil sem-teto e 400 policiais militares foram ontem às ruas para protestar. O Parisien lembra que São Paulo foi a cidade que iniciou as manifestações “históricas” de junho de 2013, contra o aumento das passagens de ônibus.

Os sites dos principais jornais e revistas francesas, como Libération ou Le Nouvel Observateur, repercutem uma matéria da agência de notícias AFP, segundo a qual a greve dos metroviários “coloca as autoridades sob forte pressão”. A reportagem cita a demanda dos funcionários por aumento salarial, para poderem enfrentar o aumento da inflação no Brasil nos últimos meses.

Já o site sports.fr, especializado em cobertura esportiva, relata que os transtornos nos transportes em São Paulo já eram sentidos na quarta-feira. O veículo ressalta que várias manifestações contra os altos custos da Copa estão previstas para acontecer na semana que vem, em dezenas de cidades.

Batalha política perdida

No jornal Le Monde, uma reportagem especial do correspondente no Brasil afirma que, enquanto nos gramados a Seleção tem “sérias qualidades” para ganhar a competição, “no campo político a batalha parece perdida desde já”. O texto diz que “jamais na história de um país uma onda de descontentamento tão grande tinha se levantado contra a organização de um Mundial”.

A reportagem relata que, há meses, “as autoridades dão a impressão de correr contra o tempo não somente para entregar as obras dos estádios e de infraestrutura, como para evitar um desastre em termos de imagem”. Le Monde analisa que as manifestações contribuíram para “assentar a idéia segundo a qual a Copa se transformou no símbolo da má gestão dos recursos públicos” no país.

 

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