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Brasil/Literatura

Le Monde dá destaque para morte de Ariano Suassuna

A morte do escritor brasileiro Ariano Suassuna foi destaque na edição do jornal francês Le Monde que chegou às bancas na tarde desta terça-feira (29). Em um perfil elogioso, o texto ressalta a importância do autor de O Auto da Compadecida para a literatura brasileira e relembra como o paraibano defendeu os valores regionais durante sua trajetória.

O poeta e dramaturgo Ariano Suassuna morreu no dia 23 de julho, aos 87 anos.
O poeta e dramaturgo Ariano Suassuna morreu no dia 23 de julho, aos 87 anos.
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A jornalista Véronique Mortaigne, especialista em cultura brasileira, traça o percurso de Ariano Suassuna desde sua infância, em João Pessoa, antes da mudança com a família, ainda criança, para Taperoá, no sertão da Paraíba. O texto explica como a cultura popular regional, “dos teatros de marionete e dos brinquedos poéticos improvisados pelos repentistas”, se tornou a fonte de inspiração de sua obra.

Suassuna reivindicou uma forma de regionalismo em todos os momentos de sua carreira, lembra o artigo. Como em 1989 quando, ao integrar a Academia Brasileira de Letras, se tornou imortal com um chapéu de couro digno dos vaqueiros do sertão.

Mas o texto ressalta que, apesar de ser um defensor “ardente” do regionalismo, Suassuna era aberto para o mundo, em um equilíbrio que fez toda a diferença em sua obra. Segundo a jornalista, o escritor “fez do Nordeste um valor universal”, principalmente ao acrescentar em seus textos o sabor da mestiçagem afro-europeia com as influências de suas leituras de Cervantes, Garcia Lorca, James Joyce e Alexandre Dumas.

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