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Brasil/eleições

Penúltimo debate entre Dilma e Aécio teve tom mais ameno

Atendendo a um desejo dos eleitores, Dilma Roussef (PT) e Aécio Neves (PSDB) tentaram substituir as trocas de acusações por discussões mais concretas. E a guerra de números sobre o desempenho econômico do Brasil foi o assunto preferido dos dois candidatos para tentar seduzir o eleitorado a uma semana do segundo turno.

Dilma Rousseff e Aécio Neves se enfrentam em debate da Rede Record.
Dilma Rousseff e Aécio Neves se enfrentam em debate da Rede Record. Reprodução/Record
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Da enviada especial da RFI ao Rio de Janeiro

No começo do primeiro bloco do debate, os dois candidatos pareciam estar num clima quase de "paz e amor". As primeiras questões foram concentradas, principalmente, nas questões econômicas e temas mais leves como o sistema de simplificação de tributos, o Simples.

Mas a trégua não durou muito. Aécio atacou a gestão da economia do governo. Citando dados do FMI, ele destacou que o PIB brasileiro não deve crescer mais do que 0,3% e que o Brasil "permanece na lanterna do crescimento na região [América Latina]".

Para Dilma, Aécio é " pessimista" em relação ao presente e ao futuro econômico do Brasil. "O senhor pode se esforçar bastante, mas não vai tirar o fato de termos a menor taxa de desemprego da história". Ela também se defendeu das acusações de ter perdido a guerra contra a inflação e criticou o que poderia ser a política econômica de Armínio Fraga, ministro anunciado da Economia caso o candidato do PSDB seja eleito. "O cozinheiro é o mesmo: Armínio Fraga. A receita é a mesma: recessão, recessão e recessão”.

Petrobras volta a ser discutida

O clima voltou a esquentar quando Aécio citou mais uma vez os escândalos da Petrobras. Com um tom irônico, ele "parabenizou a candidata por ter reconhecido os desvios na empresa”. Sem meias palavras, ele afirmou: "a Petrobras vai muito mal e vamos profissionalizar gestão", disse.

Ao retrucar, a presidente também atraiu o PSDB para o “Petrolão” e lembrou que nomes do partido também foram citados como participantes do esquema de contratos fraudulentos. "Vocês venderam as ações da Petrobras a preço de banana. Vocês não têm a menor moral para falar sobre a Petrobras", rebateu Dilma.

Projetos apresentados pelos candidatos para a educação decepcionam

No tema educação, Dilma tentou lançar todas as suas armas. Ela questionou sobre o Pronatec, uma das vitrines do seu mandato. Sem hesitar, Aécio respondeu : "Vamos manter o Pronatec" e "prometeu ampliar as horas do curso" do programa. O tucano também insistiu que pretende "construir as creches que Dilma não fez".

Apesar da superficialidade de muitos temas discutidos, ao final, a plateia ,que reunia militantes dos dois partidos se comportou como em um final de espetáculo aplaudindo com entusiasmo as considerações finais dos dois. Aécio insistiu que é o único « capaz de mudar de verdade o Brasil ". Já Dilma, disse ter "certeza que o povo cresceu porque Brasil já mudou".

 

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